Nova crónica, nova homenagem aos nossos emigrantes de antanho que foram trabalhar para fora do País, mas sem esquecer aqueles que foram à procura de sobrevivência noutras zonas do país, sobretudo, Ribatejo e Alentejo. Hoje, voltemos aos «bidonvilles»…
Tenciono publicar uma série de crónicas recordando o que escrevi sobre a busca de trabalho das gentes da minha aldeia quer dentro do País (sobretudo no Alentejo mas também em Santarém), quer fora do País, sobretudo na França mas também na Argentina, nas ex-colónias, na Suíça, na Alemanha, etc. Obrigado pela atenção que dá ao que escrevo… e divirta-se, como eu me divirto.
:: 1983 :: :: A 15 de Julho, estávamos a partir rumo a terras de França… passando por mais uma das grandes regiões naturais da Península Ibérica, os Pirenéus. Nas muitas viagens de adolescência, com os pais, claro que os tinha atravessado muitas vezes, em pontos diferentes… mas uma coisa é atravessá-los, de automóvel, e outra completamente diferente é embrenharmo-nos nas paisagens de alta montanha, explorando os vales, os portos de altitude, as pequenas aldeias, as tradições e a história de populações que, em muitos casos, viveram quase que isoladas ao longo de séculos.
Nos finais dos anos cinquenta já havia muitos portugueses e espanhóis emigrados em França. Tinham ido «a salto» como se dizia por lá. E os que chegavam primeiro e arranjavam trabalho iam passando palavra aos amigos e familiares. Assim, em lugares mais industrializados ou em lugares em reabilitação pós guerra havia muita oferta de trabalho braçal. O pior era chegar até lá.
No Queimoso passarsido o Augusto Simão, que tunhe acompanharsido mês rabiscos no papeloso Capeia Arraiana, apreciarsindo-os, lançarsiu-me uno desafierno na noiena reta: «Por que nentes escrevumpes uno mintroso sobre Quadrazais? Toienes é que sunhes a pensante dedada p’ ó fazunhir.» Nentes penhando esperarsa duno desafierno daquesses, penhei sim sabunhir o que galrar senentes uno «dudez!» sim teimosa. A eureca penhou cá no baixo da muchela, sim granjeira chispa de a trazunhir ó de riba. (Carcho 3.º, continuação).
No Queimoso passarsido o Augusto Simão, que tunhe acompanharsido mês rabiscos no papeloso Capeia Arraiana, apreciarsindo-os, lançarsiu-me uno desafierno na noiena reta: «Por que nentes escrevumpes uno mintroso sobre Quadrazais? Toienes é que sunhes a pensante dedada p’ ó fazunhir.» Nentes penhando esperarsa duno desafierno daquesses, penhei sim sabunhir o que galrar senentes uno «dudez!» sim teimosa. A eureca penhou cá no baixo da muchela, sim granjeira chispa de a trazunhir ó de riba. (Carcho 3.º).
O Toino já nem entrava na taverna com receio de ficar com o seu nome no «livro de assentos» por causa de um copo de três, enquanto que, a sua Benedita nem batatas já tinha para engrossar o caldo verde para encher a barriga aos filhos.
No Queimoso passarsido o Augusto Simão, que tunhe acompanharsido mês rabiscos no papeloso Capeia Arraiana, apreciarsindo-os, lançarsiu-me uno desafierno na noiena reta: «Por que nentes escrevumpes uno mintroso sobre Quadrazais? Toienes é que sunhes a pensante dedada p’ ó fazunhir.» Nentes penhando esperarsa duno desafierno daquesses, penhei sim sabunhir o que galrar senentes uno «dudez!» sim teimosa. A eureca penhou cá no baixo da muchela, sim granjeira chispa de a trazunhir ó de riba. (Carcho 1.º, continuação).
No Queimoso passarsido o Augusto Simão, que tunhe acompanharsido mês rabiscos no papeloso Capeia Arraiana, apreciarsindo-os, lançarsiu-me uno desafierno na noiena reta: «Por que nentes escrevumpes uno mintroso sobre Quadrazais? Toienes é que sunhes a pensante dedada p’ ó fazunhir.» Nentes penhando esperarsa duno desafierno daquesses, penhei sim sabunhir o que galrar senentes uno «dudez!» sim teimosa. A eureca penhou cá no baixo da muchela, sim granjeira chispa de a trazunhir ó de riba.
Há já uns tempos que nada escrevo em/ou sobre a Gíria de Quadrazais. Mas sinto o dever de continuar a preservar algo que faz parte da cultura dessa terra, lembrá-la aos mais novos, quase todos emigrados, impedindo, assim, o seu desaparecimento com o olvido da mesma.
O ti Pepe fizera a promessa a Deus de mandar o filho para o seminário. E uma promessa é uma promessa. Mas como comprar três lençóis brancos, dois cobertores, pano cru para fazer cuecas, o algodão para a sua Conceição fazer cinco pares de meias, uma mala…. Por mais que pensasse não havia solução para arranjar dinheiro.
«77 anos após a sua criação o Subbuteo, futebol sobre a mesa, continua a apaixonar gerações. Este jogo é um vírus» Assim define o jornal Le Parisien a modalidade. O campeonato na região francesa de Maisons-Lafitte (Yvelines) contou com os melhores jogadores mundiais da modalidade. O campeão de França é Théo Modeste. Seria apenas mais um nome a acrescentar à lista dos melhores dos melhores. Mas este Théo é um francês muito especial…
A longa série de atentados terroristas perpetrados na Europa no decurso dos últimos anos por fundamentalistas islâmicos constitui um elemento marcante da era que atravessamos, em que os sentimentos da insegurança e da incerteza passaram a fazer parte integrante do quotidiano das pessoas no continente europeu.
Assistimos em França a uma tentativa de destruição da Ordem Social estabelecida num País conhecido pela Liberdade, conhecido por albergar todos os perseguidos politicamente. Qual a razão de tanta intolerância?
Como é possível que uma Democracia tenha permitido todo um vandalismo que aterrorizou o povo francês e deu uma péssima imagem dos seus governantes? Uma das razões é que qualquer dia haverá eleições, como é natural, são necessários votos para se chegar ao Poder e uma resposta contundente ao vandalismo, significava perda de votos.
Quando o ti António resolveu emigrar tinha sete filhos. As terras de cultivo eram poucas e por mais que cavasse, semeasse e cuidasse pouco mais davam do que para passar míngua de tudo. Ele sabia que a vida por lá também não era nada fácil, mas com a «canalhita» a crescer teria que dar o pulo.
Com as eleições legislativas dos próximos dias 12 e 19 do corrente mês de Junho poderá fechar-se o ciclo da V República que vigora em França desde 1959. O país político está dividido em três espaços ideológicos: uma esquerda e extrema-esquerda a reconstituir-se à volta do partido «La France Insoumise» de Jean-Luc Mélenchon; um bloco nacionalista e soberanista radical congregado em torno do «Rassemblement National» de Marine Le Pen e da «Reconquête» de Éric Zémmour; e uma corrente política social-liberal, reformista e europeista liderada pelo partido do presidente Emmanuel Macron «La Republique en Marche» que abrange o espaço do centro e da direita.
Ler MaisEmmanuel Macron, proferiu no passado dia 19 de Janeiro um discurso no Parlamento Europeu na sua qualidade de Presidente da França, país que exerce a presidência rotativa do Conselho da União Europeia durante o primeiro semestre de 2022.
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