Às terças-feiras é tempo da poesia de Georgina Ferro. A poetisa raiana junta a sua sensibilidade artística ao amor e às memórias pelas gentes e terras raianas…
Querido(a) leitor(a), hoje vou publicar a segunda parte do artigo que escrevi para um Jornal que saiu há uns anos aqui no concelho do Sabugal num dia de festa das Associações Concelhias. O jornal intitulava-se «A Salto». A minha crónica está dividida em seis partes. A de hoje intitula-se «anos 60, tempo de grandes roturas». É um artigo sobre a Igreja Católica, que tinha tanto ou mais poder do que os políticos nos anos 60 do século passado. (Parte 2 de 6.)
Às terças-feiras é tempo da poesia de Georgina Ferro. A poetisa raiana junta a sua sensibilidade artística ao amor e às memórias pelas gentes e terras raianas…
Já publiquei artigos sobre os negócios em Quadrazais: comércios, tabernas, talhos, fábricas de sabão, padeiras, munhos e venda de excedentes agrícolas. Também publiquei artigos sobre os ambulantes e contrabandistas, negócios de quadrazenhos fora da terra.
Lá vinham a Concha e a Pepita. Caminhavam lindas nas saias longas e vistosas com xales garridos, grandes tranças negras e um andar leve e gracioso.
Escaldava o sol de Julho. O ti Mouco espreitava o corrupio na porta do quartel. De certezinha que os guardas não iriam aventurar-se àquela «torrinha» do sol a pique, mas «pelo sim pelo não», ele ali estava de atalaia fingindo regar o prado com o fio de água da ribeira.
A Pepa e a Marizé já estavam casadoiras. Tinham, ambas, dado as vinte voltas ao linho dos últimos anos de cultivo. E até a estopa haviam aproveitado para fazer toalhas de mesa. Claro que o linho fino, dera para dois ou três pares de ceroulas, lençóis, camisas… Enfim, a arca ia ficando recheada com um belo dote bem trabalhado.
«O Melhor da Semana» e «O Pior da Semana» em «Primeira Página». As notícias chegam todos os dias e em grande catadupa. Em jeito de semanário publicamos um resumo seleccionado editorialmente e em duas linhas do Melhor e do Pior de cada dia. O destaque de abertura será sempre aquele que consideramos ser a mais importante «Notícia da Semana»…
Era um dia abafado e doentio! Sentia-se falta de ar e as pessoas mostravam-se irritadiças sem saberem bem porquê (pensava eu)…
O frio gelara o ar. A noite chegou como diamante negro cintilando ao luar do Quarto já muito crescido! Distinguiam-se milhares de estrelas pequeninas lá bem no alto.
Estava um nevoeiro frio e fechado. Pensámos em jogar ao berlinde, à bilharda, à apanha… mas qual quê? Mal víamos o vulto uns dos outros.
Às terças-feiras é tempo da poesia de Georgina Ferro. A poetisa raiana junta a sua sensibilidade artística ao amor e às memórias pelas gentes e terras raianas…
Ler MaisÀs terças-feiras é tempo da poesia de Georgina Ferro. A poetisa raiana junta a sua sensibilidade artística ao amor e às memórias pelas gentes e terras raianas…
Ler MaisO contrabando foi uma das actividades que ocupou a tempo inteiro ou apenas parcialmente uma boa parte da população de Quadrazais. Criou-se o mito que todo o quadrazenho era contrabandista, mas isso não corresponde à verdade…
Ler MaisMal a vaca mugiu na «loje» o ti Zé, voltou-se para a outra borda da enxerga, onde ficaria de bom grado, não fosse a sua Isabel ter dado um «pintcho» da cama, tirado o «morrão» da torcida do candeeiro que ateou «levezinho» com um dos quarenta fósforos da caixinha pequenina de quatro tostões. «Ai mãe, só já restam tão poqueninos», resmungara.
Ler Mais«Contrabando e Emigração numa Aldeia Raiana – Foios», da autoria de José Manuel Campos e Alberto Martinho foi apresentado no Dia Mundial do Livro no Auditório Municipal do Sabugal. Foram ainda projectados dois documentários das histórias do contrabando de Paulo Moreira. Reportagem da jornalista Ana Leite Silva da Redacção da LocalVisãoTv (Guarda).
Ler Mais«A taberna» é o título de mais uma das histórias do contrabando na região raiana do Sabugal e, em especial, na aldeia de Quadrazais. O documentário recebeu uma menção honrosa do júri da juventude panorama regional no CineEco’20.
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Após a estreia na 25.ª edição do CineEco, vimos partilhar com todos, o episódio 5 intitulado «A gíria de Quadrazais» gravado na aldeia de Quadrazais, no concelho raiano do Sabugal. A gíria de Quadrazais, foi um dos dialetos usados por quem praticava a arte do Contrabando para a barriga, com o objetivo claro de não serem compreendidos por estranhos.
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A Pepa pusera o xale pardo de lã, gasto e já meio esburacado, sobre a saca de sarapilheira do contrabando. O Diamantino esperava por ela entre umas moitas de carqueja que ladeavam o carreiro junto do moinho do nosso Toino, lá para o Prado Castelhano. Era o último acarreto antes do Natal, ia ela pensando pelo caminho.
Ler MaisEstava a consoada à porta. Havia semanas que a chuva caía a potes, como ouvia dizer, embora nunca tivesse visto nenhum pote a despejar água do céu!… Mas eu acreditava no que as pessoas «grandes» diziam…
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