Há dias tive um daqueles regressos à infância, que nos fazem pensar o quanto crescemos, amadurecemos e ganhámos uma espécie de crosta protectora!

Cada um de nós tem a sua evolução, no sentido que escolher – acredito que ainda se escolhem sentidos de vida, afinal esse é aquele ponto que nos separa dos computadores supra inteligentes e dos animais supra emotivos. Nenhum deles tem ainda a capacidade de questionar e, assim, perguntar-se qual é a sua missão (ou missões) neste tempo e espaço onde escolhemos estar.
A «idade dos porquês» não deve ter idade. Apesar de ter crescido a achar que se os adultos estão a dizer que é assim é porque é assim que deve de ser, isso nunca me castrou o pensamento critico, a vontade de questionar e de ter respostas. Se possível, lógicas.
A memória que tenho do 25 de Abril é uma música que ainda hoje gosto de cantarolar. Não vim para a rua mostrar o meu rabo apesar de pertencer aos primeiros alunos a fazer a PGA. Mas, cresci a desacreditar na política e a desconfiar dos políticos. A desacreditar nas religiões e a desconfiar dos muito religiosos. Talvez Portugal esteja mesmo «penhorado», mas isso não belisca em nada o orgulho que sinto em todos os portugueses…