No meio da ponte («velha») do Sabugal existiu, durante mais de quinhentos anos, uma cruz de ferro ou marco. Foi colocada no reinado de D. Afonso III, no contexto de demarcação de fronteiras entre Portugal e Castela. Reflete, também, a contenda entre as autoridades de Sortelha e os habitantes do Sabugal, devido aos direitos destes no reguengo da Fatela. Esta só terminou em meados do século XIX com a extinção do concelho de Sortelha. (Parte 1 de 2.)
Há duzentos anos a Câmara Municipal do Sabugal pagava anualmente um determinado montante em dinheiro e um jantar à de Sortelha, devido ao privilégio de poderem pastar os seus gados nos baldios do termo de Sortelha, até à Aldeia de Santo António, bem como privativamente no reguengo da Fatela. Este costume existiu durante mais de duzentos anos.
Em 1395 os agentes do rei Rui Peres e Álvaro Peres, seu escrivão, acompanhados pelos homens bons, juízes e vereadores da vila de Sortelha e Martim Gonçalves, tabelião da vila de Sabugal, percorreram os limites do Reguengo «A Fatela» assinalando-os com marcos.
Em 1395 os agentes do rei Rui Peres e Álvaro Peres, seu escrivão, acompanhados de Estêvão Lourenço, Afonso Gonçalves curador e Gomes Lourenço da vila de Sortelha, Estêvão Domingues e João Mateus herdeiros da Aldeia de Santo António, que se encontrava erma, percorreram os limites do Reguengo assinalando-os com marcos. Vamos conhecer a viagem e os ditos limites…
Os proprietários eram indivíduos possuidores de propriedades que lhes permitiam a subsistência. A extinção dos reguengos, a compra de parcelas das «Ervages do povo», de baldios e terras pertencentes à nobreza decadente fez surgir um novo grupo social denominado «proprietários».
A Malhadinha é uma quinta que ocupa um espaço central entre as diversas da Ribeira da Nave. Em meados do século XIX pertencia à Câmara de Sortelha e esta decidiu colocá-la a lanço…
Em 2 de Agosto, de 1968, ter-se-á realizado a última arrematação de ervagens do povo em Sortelha, pondo fim a uma tradição secular.
O Reguengo da Fatela e o Reguengo de Santo António localizavam-se entre Sortelha e o Sabugal, próximos do rio Côa, na parte oriental do concelho. Tendo como fio condutor os documentos da Câmara Municipal de Sortelha, existentes no arquivo municipal do Sabugal, pretendemos nestas crónicas mostrar o modo de exploração, o resultado da passagem das tropas napoleónicas e as consequências dos atritos entre os habitantes dos habitantes do Sabugal com as autoridades de Sortelha. (Parte 5 de 5.)
Os Reguengos da Fatela e Santo António localizavam-se entre Sortelha e Sabugal, próximos do rio Côa, na parte oriental do concelho. Tendo como fio condutor os documentos da Câmara Municipal de Sortelha, existentes no Arquivo Municipal de Sabugal, nestas crónicas pretendemos mostrar o modo de exploração, o resultado da passagem das tropas napoleónicas e as consequências dos atritos entre os habitantes dos habitantes do Sabugal com as autoridades de Sortelha. (Parte 4 de 5.)
Os Reguengos da Fatela e Santo António localizavam-se entre Sortelha e Sabugal, próximos do rio Côa, na parte oriental do concelho. (Parte 3 de 5.)
Os reguengos da Fatela e Santo António localizavam-se entre Sortelha e Sabugal, próximos do rio Côa, na parte oriental do concelho. Tendo como fio condutor os documentos da Câmara Municipal de Sortelha, existentes no Arquivo Municipal de Sabugal, nestas crónicas pretendemos mostrar o modo de exploração, o resultado da passagem das tropas napoleónicas e as consequências dos atritos entre os habitantes dos habitantes do Sabugal com as autoridades de Sortelha. (Parte 2 de 5.)
Os reguengos da Fatela e Santo António localizavam-se entre Sortelha e Sabugal, próximos do rio Côa, na parte oriental do concelho. Tendo como fio condutor os documentos da Câmara Municipal de Sortelha, existentes no Arquivo Municipal de Sabugal, nestas crónicas pretendemos mostrar o modo de exploração, o resultado da passagem das tropas napoleónicas e as consequências dos atritos entre os habitantes dos habitantes do Sabugal com as autoridades de Sortelha. (Parte 1 de 5.)
Mais um documento revelador da importância das Ervages do povo, em meados do século XIX, como fonte de receitas para as Juntas de Paróquia e impulsionador da pecuária, mas também revelador do atraso da agricultura. E a ervagem do Mundim sabe aonde fica?…
O Vazão das Foicinhas é um baldio, próximo de Sortelha, onde os pastores separavam os rebanhos e os mais pobres governavam a burrinha e cabritinha.
Na década de 1840, no antigo concelho de Sortelha, as Ervages do Povo eram disputadas pelos camponeses para aí criarem os animais. Dois terços do valor era depois distribuído à respetiva Junta de Paróquia.
Nos últimos duzentos anos verificaram-se profundas transformações na nossa região.
Os autos de arrematação da Câmara Municipal de Sortelha da década de 1820 são documentos preciosos para compreendermos os usos e costumes, bem como a organização política, económica e social da época.
