Category Archives: Contraponto

Medidas de dinamização do interior
O governo anunciou que vai apresentar novas medidas de apoio aos emigrantes e de combate ao despovoamento do interior, assentes numa política que direcciona investimentos e promove os produtos originários do interior.

Nova oportunidade para a regionalização
No final do mês de Julho de 2019, a Comissão Independente para a Descentralização entregou um relatório na Assembleia da República, onde defendeu a criação de regiões administrativas e a realização de um novo referendo à regionalização.

O interior no programa do governo
O novo governo de António Costa propõe-se estimular a convergência entre o litoral e o interior, entre o norte e o sul, entre a cidade e o campo. Até aqui nada de novo, mas há medidas concretas que merecem atenção por trazerem à liça uma nova abordagem ao problema.

Ainda o madeiro e o presépio natural
Na sua última crónica no Capeia Arraiana, Ramiro Matos defendeu, e bem, a ideia de que o «Presépio Natural» do Sabugal e o «Madeiro» de Penamacor, poderiam gerar uma atratividade comum com benefício para ambos os concelhos.

Como se promove um concelho
Não é fácil dar expressão mediática a territórios do interior, quando o mundo informativo está concentrado nos grandes aglomerados populacionais, onde a economia palpita e a vida social e cultural fervilham. Penamacor é, porém, um bom exemplo de como promover um concelho de baixa densidade.

Revisão do Plano Municipal de Emergência
A Câmara Municipal do Sabugal vai reformular o Plano de Emergência de Proteção Civil, o que é o cumprimento de um dever legal que carece de uma rápida implementação.

Habitação no interior
Existe uma manifesta crise habitacional em Portugal, reflectida nos preços e rendas exorbitantes das casas nas grandes cidades. O interior do país pode ser parte da solução, exigindo-se medidas nesse sentido.

O bom uso do placar promocional
Quem chega ao Sabugal pela estrada da Guarda, encontra, logo a seguir ao cruzamento das Quintas de S. Bartolomeu, um painel publicitário da Câmara Municipal que é o exemplo acabado da má utilização desse instrumento promocional.

Estratégia ibérica na zona de fronteira
No dia 21 de Novembro de 2018 realizou-se, em Valhadolid, a 30ª Cimeira Luso-Espanhola, onde se acertaram procedimentos para a cooperação transfronteiriça e para fazer face ao desafio demográfico. Foi um compromisso para uma estratégia comum cujos resultados não são ainda visíveis.

Destino de natureza
Voltamos a um tema recorrente: o Sabugal como destino turístico. O nosso concelho tem monumentos únicos, paisagens soberbas, praias fluviais acolhedoras, tradições peculiares e uma gastronomia única. É, ademais, uma terra com imenso espaço por explorar, o que lhe cria especiais condições para apostar no chamado Turismo de Natureza.

Suprimir as portagens no Interior
É absolutamente prioritário suprimir as portagens nas autoestradas do Interior de Portugal, como incentivo para o desenvolvimento. Muito se tem falado sobre esta necessidade, porém a decisão tarda e isso prejudica o progresso harmónico do país.

Repovoar o interior de Portugal
A despopulação é um problema notório e muito propalado quando se fala no interior de Portugal. Em contraponto, muitas cidades do litoral estão pejadas de gente, tornando a vida num frenesim estonteante. Haverá forma de cativar para o campo os que estão fartos de viver nas cidades?

Inovar no espaço transfronteiriço
É crucial dar impulso à Investigação e Inovação nas regiões transfronteiriças, trabalhando de mãos dadas com as terras de Espanha que nos são vizinhas.

Gerir uma pequena ou média empresa
A boa gestão das pequenas e médias empresas, que são afinal a maioria das firmas existentes, pode ser o garante de uma actividade económica viva e dinâmica da região em que as mesmas estão implantadas.

A dinâmica estudantil no interior
As escolas superiores do interior do país estão a apostar no futuro, facultando cursos de ampla diversidade temática e duração temporal, boa parte voltados para estudantes estrangeiros, nomeadamente provindos de países de língua oficial portuguesa.

A acção do deputado municipal
A Assembleia Municipal é, em teoria, o órgão autárquico mais importante, porque reúne o poder deliberativo com a função de fiscalizar a acção do executivo municipal. Porém a realidade é bem diferente.

O futuro da Agro-Raia
A feira agrícola da raia vive em constante itinerância. Julgo, porém, que essa prática «democrática», no respeitante ao local da sua realização, prejudica a afirmação do evento enquanto grande mostra da capacidade económica da região.

O caminho errático dos eventos concelhios
A Intervenção do deputado municipal João Aristides Duarte, na última Assembleia Municipal, tocou num ponto-chave da fraca atratividade dos eventos organizados pela Câmara do Sabugal: não têm continuidade, mudam de nome e seguem uma programação errática, ao sabor das marés.

O desenvolvimento para a Economia Circular
Assim como se fala em desenvolvimento sustentável, também ganhou expressão a ideia do desenvolvimento em Economia Circular. É que um conceito está intimamente ligado com o outro e qualquer estratégia de desenvolvimento regional deve levar isso em conta.

Centro de Interpretação do Castelo do Sabugal
A proposta para a criação do Centro de Interpretação do Castelo do Sabugal foi apresentada por Romeu Bispo, num artigo publicado no Capeia Arraiana há mais de um ano. É uma ideia meritória que deve ser levada à prática, porque valoriza o castelo das cinco quinas e a história do concelho do Sabugal.

A importância da sustentabilidade
Não há programa que não fale em desenvolvimento sustentável. Mas importa saber o que é a sustentabilidade e como ela deve ser encarada ao nível local ou regional. Num concelho como o do Sabugal, a sustentabilidade é relevante para o seu futuro.

A falta de unidades hoteleiras
A escassez de unidades hoteleiras no concelho do Sabugal para fazer face a um afluxo anormal de turistas ou para suporte a eventos especialmente atractivos, tem que se resolver pelo mercado, numa resposta à procura, e não por deliberação administrativa do Município.

Sabugal capital do envelhecimento
O Município sabugalense organizou um simpósio sobre o envelhecimento saudável, complementado com uma feira social. Face ao sucesso do evento, lançou-se uma palavra de ordem: Sabugal capital do envelhecimento activo!

O vinho e a literatura
Voltemos ao tema do vinho, bebida que provoca paixões. O vinho é tido por uns como amigo divinal e companheiro das boas e más horas da vida, mas para outros ele é um nefasto produto da existência humana.

O vinho e a religião
O fruto da vinha ocupa, desde os primórdios da humanidade, um lugar-chave na vida social. Pode dizer-se que o vinho está em tudo presente: na alimentação, nos rituais, no trabalho e na convivência. Como o vinho provém do trabalho na vinha, tarefa dura e exigente, ele emana da virtude.

O vinho do pobre
Antigamente nas nossas aldeias, o pobre, que não podia passar sem vinho, deborcava toda a zurrapa que lhe viesse aos queixos, fosse ela oferecida ou comprada a baixo preço na taberna.

Caldo escoado – outra receita esquecida
O raiano, avezado à alimentação frugal, tem por tradição emborcar a côdea com peguilho, empurrada a golpes de verdasco. Sentando-se porém à mesa, em família ou na carava dos amigos, aprecia deglutir suculento repasto.

Torresmo – uma iguaria gastronómica
Há pequenos e simples petiscos que são verdadeiros acepipes. Exemplo disso é o torresmo, iguaria com fortes raízes na tradição popular gastronómica, advinda de tempos de muita provação, onde a necessidade se juntava ao esmero na confecção.

Burzigada – uma ementa esquecida
Chegando o frio, logo os grunhidos do porco em estertor atroavam nas aldeias, porque as famílias andavam em ronda de ajuda mútua, nas matanças, num sinal dos trabalhos comunais que se herdaram de outrora. Em muitas casas havia uma ementa que costumava ir à mesa comum nesse dia: a burzigada.

A ceva do marrano
A alimentação do porco que se destinava à matança assumia cuidados especiais, tendo em vista usufruir de boa carne e de produtos derivados da melhor qualidade. A ceva era inteiramente garantida por alimentos naturais, tirados da terra, o que dava à carne do suíno características únicas.

Morcela – um enchido de eleição
A azáfama das mulheres na matança dura toda a jornada e chega a entrar pela noite dentro. Era nesse dia que se confeccionavam as morcelas, o primeiro enchido a ir para o fumeiro. Feito à base de sangue e pão, é um dos melhores acepipes tradicionais, fruto dos temperos que lhe assistem.

Os petiscos da matança
Em tempos idos, nestes dias gélidos de inverno, a acalmia das aldeias era entrecortada pelo guinchar dos porcos em estertor, sucumbindo à faca sangradeira. O ritual da matança visava angariar alimento para longos meses, mas naquele dia a lambarice sobrevinha perante os petiscos que o momento proporcionava.

Bucho raiano – um prato de excelência
Nas nossas terras raianas, parte significativa da mostra gastronómica de raiz popular está nos enchidos, aqui anexos à matança do porco e ao aproveitamento de todas as suas partes. O bucho é o enchido de maior valor gastronómico e, por isso, aquele que melhor pode contribuir para a valorização económica da região.

O património culinário raiano
O património gastronómico de uma região constitui um potencial económico que importa aproveitar. No caso do concelho do Sabugal, o nosso povo soube sempre colher os prazeres da boa culinária, ainda que houvesse tempos muita míngua. Vamos falar dessa nossa abonada e diversificada gastronomia e das formas como dela podermos tirar o melhor partido.

Entrevista a Pinharanda Gomes (3)
Estávamos em Junho de 2011, Jesué Pinharanda Gomes recebeu-nos em sua casa, no escritório recentemente despido dos milhares de livros que cedera à Câmara Municipal do Sabugal para constituir um acervo bibliográfico que daria depois lugar ao Centro de Estudos com o seu nome. Então com 71 anos, o pensador falou-nos da sua infância, dos ascendentes e outros familiares, dos amigos e da vida dura, mas feliz, em Quadrazais. (A terceira de três partes).

Entrevista a Pinharanda Gomes (2)
Estávamos em Junho de 2011, Jesué Pinharanda Gomes recebeu-nos em sua casa, no escritório recentemente despido dos milhares de livros que cedera à Câmara Municipal do Sabugal para constituir um acervo bibliográfico que daria depois lugar ao Centro de Estudos com o seu nome. Então com 71 anos, o pensador falou-nos da sua infância, dos ascendentes e outros familiares, dos amigos e da vida dura, mas feliz, em Quadrazais. (A segunda de três partes).