:: CONSIDERAÇÕES FINAIS :: Quando iniciei os escritos sobre o Colégio tive como primeira intenção, recordar alguns passos da sua história, ainda que superficial, como referi na altura.

Aqui há uns anos atrás, Aldeia da Ponte não tinha um espaço, digno deste nome, para a realização de algumas actividades, sejam culturais, festivas ou outras, de modo a poder corresponder aos anseios de toda uma população, sendo que a criação de um grande salão amplo, permitiria uma resposta condigna ao desenvolvimento de todos estes eventos.
Reportada que foi, nestes escritos, uma grande parte da vida do Colégio, com a sua actividade intensa, no final e inicio dos últimos dois séculos, apenas mais umas poucas considerações sobre a sua utilidade, depois do encerramento.
Com a fundação do Colégio e a passagem de todos os Frades por Aldeia da Ponte e por toda esta vasta região, ficaram lançadas as sementes, redundando em algum aproveitamento para as Ordens Religiosas, pois daqui nasceram muitas vocações para a missionação e a religião, iniciando-se com o envio de 12 pessoas, no ano de 1900, para Segóvia, um dos centros da Ordem dos Claretianos, em Espanha.
A actividade da Ordem dos Frades Claretianos centralizava-se, fundamentalmente, na evangelização e no ensino, considerado muito importante, conseguindo-se assim angariar vocações para a Ordem, ao contrário da anterior Ordem Hospitaleira de São João de Deus.
Colégio, foi assim que sempre foi conhecido, embora haja quem o tenha chamado mosteiro, convento, asilo ou hospital infantil de Aldeia da Ponte, devido à sua génese, ao ser criado para o acolhimento de crianças abandonadas, órfãos e aleijados pobres, funcionando, inicialmente, sob a orientação dos Irmãos enviados por Bento Menni de Lisboa.
O Colégio foi mandado construir pelo Dr. Francisco Grainha, da Covilhã, antes de 1891, com a ajuda de um benemérito de Castelo Branco, o Sr. Pedro Pina, que lhe disponibilizou cerca de 80 contos de reis, com a grande ajuda e colaboração do povo de Aldeia da Ponte despendendo muito trabalho, doando materiais, como madeira, carretos de pedra, essenciais para a sua construção, acrescido de tudo o que o Colégio necessitou, nada foi regateado pela população, que se prestou com o que pode, para a construção do magnífico edifício.
Ao abordar este tema do Colégio, não é minha intenção criar problemas ou situações do género, antes facultar alguma informação, ainda que superficial do Colégio, reforçando o conhecimento de uma instituição que foi merecedora de algum crédito, presumindo que não tenha sido muito fácil a sua criação, com estatutos próprios e aprovados em 1901, com a designação de Estatutos do Colégio de Aldeia da Ponte.