Na freguesia de Águas Belas contamos oito monumentos conhecidos por alminhas.Vamos conhecê-los!…

Antes de 1830 as diversas freguesias e anexas, do antigo concelho de Sortelha, tinham o Juiz, «Juiz do termo» foi a expressão utilizada na documentação municipal. Com as reformas de Mouzinho da Silveira, inspiradas no modelo francês, foram criadas as Juntas de Paróquia e o cargo de «Comissário» e depois o «Regedor» que se manteve até 1976. Venha daí conhecer um pouco do que por aqui aconteceu…
Bernardo Saldanha, aliás João da Silva, era natural do Dirão da Rua, nasceu em 1895, filho de Maria Augusta, do Dirão da Rua, e de Bernardo Saldanha, este natural da Bendada. Casou com Maria Augusta, sua prima, natural de Águas Belas e não deixou descendentes. A exploração do minério permitiu-lhe acumular riqueza e tornou-se um bon vivant. Venha daí conhecer algumas histórias…
Em 2 de Junho de 1924, a Câmara Municipal de Sabugal deliberou por unanimidade a criação do mercado na povoação de Águas Belas. Em 24 de Janeiro de 1925 foi criada uma feira anual a realizar no primeiro sábado de Setembro. Desconhecemos quando deixaram de realizar-se…
João Nunes Rodrigues nasceu em Águas Belas e faleceu em 2003 em França. Pelo meio uma incrível história de vida publicada no «Luso Jornal». Juntou-se aos pais e irmãos aos 14 anos e passou a chamar-se Jean aquando da nacionalidade francesa. Detido quando passava ilegalmente a fronteira foi deportado para o campo de concentração nazi de Buchenwald e depois para Ravensbrück, perto de Berlim. Foi libertado em 1945…
O Auto da Câmara Municipal de Sortelha, de 1826, apresenta-nos as aldeias de Águas Belas e Sobreira como sendo foreiras dos Duques de Lafões a quem pagavam, no dia do arcanjo São Miguel, 500 alqueires de centeio.
Estávamos na década de sessenta do século XX. Manuel Igreja Dinis nos estudos teológicos do Seminário Maior da Guarda e este pobre escriba nos estudos secundários da Escola Apostólica de Cristo Rei em Gouveia. Nesse tempo convivíamos nas margens do rio Côa, junto à aldeia de Badamalos (concelho do Sabugal), nos eventos organizados pelo Padre Ezequiel Augusto Marcos.
O relatório de «Avaliação Ambiental Preliminar do Programa de Prospeção e Pesquisa de Lítio no concelho no Sabugal» recebeu classificação com parecer desfavorável da autarquia. A decisão foi tomada depois de ouvir os presidentes de junta das freguesias afectados pela licença de exploração no concelho. Vítor Proença, presidente do município raiano, justifica a decisão assumindo que a exploração de lítio «afetaria de forma irremediável os territórios, a qualidade de vida, o bem-estar e a saúde das populações». O concelho do Sabugal junta-se à Guarda e a Pinhel no chumbo à prospeção e exploração de lítio nos seus territórios.
A tradição religiosa na freguesia de Águas Belas, concelho do Sabugal, conhecida por «Volta da Santa ou dos Reis» encontra fundamento no desaparecimento de crianças do século XIX.
Começamos esta crónica por evidenciar este axioma pentagonal. Sortelha continua a ser a nossa Princesa das Beiras, pela simples razão que é a povoação, sem margem para comparação, que recebe mais turistas. Mais que o castelo do Sabugal e porventura mais que o conjunto ou somatório dos turistas de todas as outras aldeias medievais e até das demais aldeias.
Um pouco de história da Quinta do Clérigo, anexa da freguesia de Águas Belas. Uma pequena reflexão sobre o passado, o presente e o futuro.
A investigação e publicação da lista dos padres desde 1614 até à actualidade é um pequeno contributo para a história de Águas Belas. Nem sempre foi fácil identificar o momento em que um termina e outro inicia.
Em Águas Belas, todos recordam a loja do senhor Ilídio (fechada há muito) ao cimo do povo e a do senhor Alípio ao fundo. Tinham duas partes distintas, de um lado, a mercearia e, do outro, a taberna.
Com diferente sentido, as compras à porta de casa, hoje tão usuais, em Águas Belas e noutras aldeias, vêm de um tempo, muito lá atrás, de trocas diretas e de um tempo, menos lá atrás, de negociantes, de cá e de fora, que compravam tudo o que se cultivava e criava.
No tempo antigo, os ofícios eram, como hoje ainda, uma espécie de arte, de profissão aprendida, que servia para prestar serviços ou transformar matéria prima em produtos. Podia falar do barbeiro, do alfaiate, do sapateiro, do carpinteiro…, mas escolhi falar do ferreiro e do serrador, pela importância que tinham nesse tempo.
Talvez se pudesse contar parte da história da vida das famílias emigradas, aqui no povo, a partir de uma casa. Primeiro, reconstruíram as pequenas habitações que deixaram ou adquiriram, no início dos anos setenta. Mais tarde, já nos anos oitenta, quase todos fizeram casas novas, de raiz, grandes e com todo o conforto.