Amanheci cedo para uma viagem que há dias estava acertada, uma passagem por Terras de Missão do Padre Zé Miguel, natural do Soito (Sabugal), e muitos anos Pároco no Meimão (Penamacor).

Com a organização da Xara-Associação de Solidariedade Social e Desenvolvimento Local de Meimão, (IPSS), vai decorrer nos dias 15, 16 e 17 de Agosto, na Zona Balnear de Meimão, o Festival Solidário Franco-Ibérico, com a presença dos Xutos e Pontapés na noite do dia 16.
A que foi Casa Paroquial de Meimão, tendo como último pároco residente o P.e José Miguel Garcia Pereira, e desde então em progressiva degradação, até à ruína, está a ser demolida, para, em seu lugar e parte do terreno anexo, se construir um lar da terceira idade. Um protocolo celebrado com a Diocese da Guarda constitui o ponto de partida para este processo de reconversão, que está a ser dirigido pela Xara – Associação de Solidariedade Social e Desenvolvimento Local de Meimão.
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A Meimoa é muito conhecida por causa da respectiva barragem, junto ao início da Serra da Malcata, onde deveria viver o lince, com belos olivais, grandes pinhais, vinhas e a famosa Ponte Filipina (que não o é) que liga a Aldeia à Benquerença e daqui aos Três Povos, Alpedrinha, Fundão, Covilhã, Serra da Estrela…
A Câmara Municipal de Penamacor promove entre 24 de Outubro a 5 de Novembro o 1.º Festival Gastronómico do Borrego Churro.
A Câmara Municipal de Penamacor vai promover, de 24 de Outubro a 5 de Novembro, o 1.º Festival Gastronómico do Borrego Churro, espécie ovina autóctone que tem o seu solar no Concelho de Penamacor. O principal objectivo deste festival é promover a ovelha churra em termos gastronómicos, como mais uma iguaria da cozinha regional da Beira Interior.
Restaurantes aderentes: O Tear (Meimoa), Santiago, Dois Pinheiros, Quartel, Jardim, Caçador (Penamacor) e Tapada da Horta (Pedrógão).
Pratos a concurso: Ensopado de Borrego Churro e Borrego Churro à moda da casa.
Conciliar tradição e inovação é o desafio que se coloca aos restaurantes concorrentes.
aps
O Secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural, Rui Pedro Barreiro, autorizou a Direcção-Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural (DGADR) a tomar posse administrativa das parcelas necessárias ao rápido início das obras de construção do reservatório da Fatela do Aproveitamento Hidroagrícola da Cova da Beira constituído pelas barragens do Sabugal e da Meimoa.
O Aproveitamento Hidroagrícola da Cova da Beira integra um sistema de armazenamento de água, constituído pelas barragens do Sabugal e da Meimoa e um túnel de interligação entre ambas (Sistema Sabugal-Meimoa), bem como um sistema de distribuição de água, constituído por uma tomada de água na barragem de Meimoa, que liga à rede primária de rega, que por sua vez deriva para a rede secundária de rega, permitindo o regadio.
O Reservatório da Fatela, infra-estrutura que integra o Aproveitamento Hidroagrícola da Cova da Beira, situa-se a cerca de 20.830 m da origem do 3.º troço do Canal Condutor Geral da Cova da Beira, e foi implantado numa faixa de terreno adjacente ao mesmo. O Reservatório ocupa uma área de cerca de 2 hectares e uma capacidade útil de 27 dam3.
A partir do Reservatório da Fatela serão distribuídos os caudais para o bloco da Fatela, com 516 ha, que constitui um dos seis blocos de regadio (Belmonte, Caria, Ferro, Fundão, Fatela e Capinha), do Aproveitamento Hidro Agrícola da Cova da Beira. Os referidos blocos de regadio contemplam os concelhos de Belmonte, Covilhã e Fundão e, em reduzida escala, o concelho do Sabugal. Prevê-se a conclusão desta obra em Agosto de 2011.
jcl (com Portal do Governo)
É necessário um acto de desagravo à Senhora da Póvoa.
Estão frescas na nossa memória as notícias de dois graves sacrilégios: com uma serra de serrar rocha, alguém cortou e roubou as cruzes manuelinas (do século XVI) que desde há séculos estavam implantadas no adro da Matriz de Loures e nos Quatro Caminhos de Frielas. Inacreditável! Para que irão e para que servirão essas cruzes, emblemas do património nacional, acerca de cujo destino não vemos as autoridades em acção. É pedra… Se fossem notas!
Somos agora feridos com uma punhada no peito, quando soubemos que a veneranda e antiga imagem de Nossa Senhora da Póvoa de Vale de Lobo tinha sido roubada do seu santuário.
Nossa Senhora da Póvoa é, desde dos fins do século XVIII, o santuário mariano da Beira Baixa e de Ribacoa. Os mais novos não sabem, mas os da minha geração, jovens nos meados do século XX, ainda nos lembramos das filas de carros de tracção animal (bois, burros ou cavalos) enfeitados com festões e colchas de seda, transportando famílias inteiras, para a Senhora da Póvoa, logo na segunda-feira de Pentecostes. Romagem para dois dias, levava-se de comer o bastante e, à ida e à volta, era costume parar no sítio do Castanheiro das Merendas, já muito depois do Sabugal, para alimentar os animais e as pessoas.
Romaria de piedade, de promessas e também das folias que vinham de Monsanto e de Penamacor, com os seus estandartes, descantes e bombos; e, algumas vezes, toldados pelo vinho, moços que acabavam em lutas de vida e de morte. Leiam o «Maria Mim» de Nuno de Montemor e a «Celestina» de Joaquim Manuel Correia.
O ladrão deve ter-se arrependido, e abandonou a secular e sagrada imagem, debaixo de uma árvore, onde gente do povo a encontrou. Já devolvida à sua santa casa, falta agora que os povos da Beira-Côa e da Beira da Malcata e do Meimão, procedam a uma cerimónia de desagravo, na presença de todas as autoridades civis, militares e políticas da região. Não é possível que nada se faça como se nada tivesse acontecido:
«Nossa Senhora da Póvoa
Tem um galo no andor,
Cada vez que o galo canta
Acorda Nosso Senhor»
«Carta Dominical», opinião de Pinharanda Gomes
pinharandagomes@gmail.com
No rescaldo do recente ciclo eleitoral vale a pena reflectir sobre a forma como as eleições traduzem o estado actual da democracia portuguesa. Considerado o menos imperfeito dos regimes políticos, a democracia revela-se em toda a sua imperfeição. Olhando, para o preocupante problema da abstenção, sintoma dessa imperfeição, não restam dúvidas que o interesse dos eleitores é inversamente proporcional à distância do poder em causa. Por outro lado o alheamento tende a aumentar sempre que aumenta a complexidade do juízo político. Tome-se como exemplo o referendo sobre o aborto, que introduziu na discussão política questões éticas e científicas, difíceis de entender pelo cidadão comum.
No último fim-de-semana de Junho o Festival da Comenda na praia fluvial da Meimoa, no concelho de Penamacor, é o lugar certo para aliviar do stress. Um arraial popular, festival de folclore, danças e canções tradicionais, percursos pedestres e provas de btt vão animar a Princesa da Cova da Beira.
Há 17 anos, na Primavera de 1992 fiz a rodagem do meu carro até ao Sabugal e daí encetei uma viagem, por estradas secundárias pela Sierra de Francia até Miranda del Castañar e Peña de Francia, tendo como acompanhantes um casal de sabugalenses e um dos meus filhos que filmou grande parte da viagem.
Em tempos, julgava que o Meimão era uma das quarenta freguesias do Sabugal. Fica mais próxima deste concelho, que de Penamacor de que dista 30 quilómetros a norte; a Secção da GNR pertencia ao Posto da GNR do Sabugal e anda hoje à diocese da Guarda.
A 26.ª edição do Raid Transportugal Accenture vai percorrer os tesouros naturais da Beira Alta e da Beira Baixa nos dias 20 e 21 de Setembro. A Serra da Malcata, o Sabugal e a aldeia histórica de Sortelha, com paragem para almoço, fazem parte do itinerário deste ano.
As paisagens raianas vão servir de cenário à passagem dos participantes na 26.ª edição do Transportugal Accenture que decorre no sábado e domingo, 20 e 21 de Setembro, organizado pela Megre Motorsport e pelo Clube Aventura.
A edição de 2008 apresenta um percurso mais curto dividido em duas etapas de 200 quilómetros com três exercícios de regularidade e um de navegação e inclui a passagem por dois troços todo-o-terreno (um rápido e outro trialeiro de montanha) que têm sido utilizados no Rali Transibérico. Transposição de obstáculos e diversos obstáculos de campo farão também parte da ementa desta expedição.
No sábado o almoço será em Sortelha depois de 100 quilómetros de pistas com partida de Monfortinho e passagem por Aranhas, Penamacor, Meimoa, Meimão, Malcata, Sabugal e Sortelha. Na parte da tarde os concorrentes passam por Proença-a-Velha, Idanha-a-Velha e chegada a Monfortinho.
No domingo, segundo dia da competição, o percurso está marcado entre Monfortinho, Penha Garcia, Salvador, Penamacor e aldeia de Águas com paragem para almoço. Antes do regresso a Monfortinho por Medelim e Monsanto os participantes terão oportunidade de visitar em Águas a Feira do Coleccionismo e do Veículo Antigo da Beira Baixa e a exposição de viaturas clássicas, miniaturas, brinquedos e vários outros objectos coleccionados por José Megre.
jcl
Alfredo Bastos, antigo bibliotecário, polícia e bancário, quer criar um museu dedicado a Santo António no Meimão, sua terra de afeição, reunindo o que ao longo da vida coleccionou sobre o santo lisbonense, de quem é especial devoto.
A notícia vem no jornal Reconquista, de Castelo Branco, na edição de 25 de Janeiro, e dá conta de um coleccionador que quer doar o seu acervo à aldeia onde passa grande parte da sua vida. Ao longo de 40 anos coleccionou azulejos, postais, velas, pratos, recortes de jornal, calendários, fotografias, medalhas, cautelas de lotaria, moedas e cerca de três centenas de livros com referências a Santo António.
Alfredo Bastos é natural de Coimbra e a sua ligação ao Meimão resultou do casamento com uma natural da freguesia. Hoje divide-se entre a cidade dos estudantes e a aldeia serrana, na casa que foi dos sogros e que recuperou. O gosto pela terra de adopção levou-o a entrar na política local, integrando hoje a Assembleia de Freguesia e colaborando na organização da biblioteca da aldeia e no boletim informativo, lançado recentemente pela Junta de Freguesia. Mas Alfredo Bastos quer ir mais longe, contribuindo para a criação de um museu etnográfico: «A ideia é recolher todos os objectos antigos que há na aldeia para, sobretudo, trazer cá pessoas», declarou ao Reconquista.
Sendo Santo António é um dos padroeiros do Meimão, a doação da sua colecção à freguesia faz todo o sentido. A Junta disponibilizou o espaço e o transporte, pelo que o museu temático será em breve uma realidade.
Natália Bispo