No século passado com toda a angústia existencial, Albert Camus questionava-nos: sabes o que é o encanto? É ouvir um sim como resposta sem nunca ter perguntado nada.
Através da Crónica de D. Fernando, o Formoso, de Fernão Lopes, ficamos a saber que este monarca, promulgou em Santarém no ano da graça de 1375, a Lei das Sesmarias, que ordenava entre outros o seguinte: «Todos os que tivessem herdades fossem obrigados a lavrá-las e a semeá-las; se o senhor das herdades as não pudesse lavrar por serem muitas ou em diferentes partes, que lavrasse as que mais lhe conviesse e as outras as fizesse lavrar por outros de modo que todas as herdades que pudessem dar pão fossem semeadas de trigo, cevada e milho…»

«Matam o Mestre! Matam o Mestre nos paços da rainha. Acorrei ao Mestre que matam! Acorramos ao Mestre amigos, acorramos ao Mestre, que o matam sem porquê!» É desta forma que Álvaro Pais e os seus aliados, apoiantes de Dom João, o primeiro, percorrem as ruas de Lisboa e conseguem um verdadeiro levantamento popular de apoio ao Mestre de Avis, futuro rei D. João I.

Longe vai o tempo e com alguma nostalgia recordo a carrinha da Gulbenkian, uma biblioteca itinerante que periodicamente nos cultivava e combatia o isolamento em que nos encontrávamos no final da década de 60 do século passado. Foi através dessa biblioteca itinerante, que fui tendo acesso a livros que me prenderam e viciaram para sempre como leitor.

Considerado o concelho do Sabugal no seu todo, a vila do Soito é pioneira na sua capacidade de iniciativa e dinamismo, associando actividades produtivas e desenvolvimento.

Tendo já sido terra de castanheiros, pinhal e mato o sítio da Dragoa na Ruvina prepara-se para receber o futuro aeródromo do Sabugal. As obras de terraplanagem para a construção de uma pista com 700 metros de comprimento e 25 metros de largura já estão na sua fase de conclusão, junto à estrada municipal que liga as freguesias da Ruvina e Nave.

Chegado ao reino do pensamento, da linguagem e das palavras, cedo compreendi que o nosso primeiro rei não foi D. Afonso Henriques. A quem nasceu em terras de Ribacôa e sempre ouviu e leu, que estas apenas foram integradas no território que é hoje Portugal no reinado de D. Diniz, sempre se dirá que foi este o nosso primeiro rei.

A notícia aí está como uma lâmina que tudo corta à sua passagem: a livraria Byblos encontra-se numa situação de prejuízos acumulados e o sonho transformou-se em pesadelo. Não há alternativa para o fecho e a declaração de insolvência. É este o fim anunciado para «a primeira livraria de fundo editorial no nosso país, disponibilizando a totalidade das obras publicadas em língua portuguesa».

O dia 15 de Novembro é dia maior das festividades da república onde passei grande parte dos meus tempos de Coimbra. «A malta está em festa, com aprovação dos Deuses do Olimpo, celebra-se o XLV Centenário da Republica.»

Se percorrermos a história da Humanidade e analisarmos o naipe dos ódios, aquele que nos aparece em primeiro lugar tendo em consideração a sua perfídia e intensidade, é o ódio entre religiões, seitas e interpretações da palavra do profeta e dos versículos. Estas questões mataram e continuam a matar milhões de pessoas.

A História de Portugal está recheada de homens de talento que nas mais diversas áreas se têm destacado, homens que pelo contributo que deram ao pensamento humano, nos fazem sentir orgulhosos de sermos lusitanos e portugueses.

Daniel Cohn-Bendit, foi estudante de Sociologia na Universidade de Nanterre, anarquista e revolucionário, tendo liderado o Maio de 68, o movimento estudantil mais marcante do séc. XX.

Bernard Pivot é um intelectual francês com muito talento que me habituei a respeitar quando nos finais dos anos 70 do século passado moderava um dos programas culturais de referência na televisão francesa, de nome Apostrophes, que mais tarde veio designar por Bouillon de Culture.

Epiménides, foi um poeta e filósofo, que se imortalizou quando afirmou que «todos os cretenses são mentirosos», sendo certo que ele próprio era cretense. Este é o célebre paradoxo de Epiménides.

A história é por demais conhecida. A leitura das novelas de cavalaria fizeram com que D. Quixote perdesse o siso e é vê-lo armar-se cavaleiro e a correr mundo, com o cavalo Rocinante e um aio fiel Sancho Pança com o Ruço, dispostos a combater todo o tipo de desagravos.

Enquanto estudante em Coimbra, a história circulava e ouvia-a com algum fascínio: recém-chegado a Coimbra, Eça de Queiroz espantava-se com os discursos inflamados de um senhor já entrado na idade, discursos que versavam sobre o anarco-sindicalismo, tão em voga nos finais do século XIX. Questionando-se Eça, sobre o autor de tal dialéctica, responderam-lhe: «É o poeta Antero!»

Vai para uns largos anos, quando num aeroporto de uma pequena cidade francesa, que penso ter sido Nice, deparei com a figura de um dos mitos da minha juventude: Bernard Lavilliers!

A Raia esteve em festa! A Raia e todo o concelho estão de parabéns! As capeias foram um sucesso e são cada vez mais um fenómeno que em interesse e animação extravasa os limites geográficos do concelho.

«É um dado incontroverso e incontrovertível que para poder subsistir o homem necessita de meios de subsistência, numa palavra, de bens. Bens que, sendo económicos ou por momentânea impossibilidade de acesso ou pela sua definitiva escassez, são objecto de disputa entre os homens…» (Orlando de Carvalho).

Como leigo nestas coisas da literatura e perdoem-me os entendidos, desde que conheci e li Gil Vicente, sempre pensei que este dramaturgo nasceu nas terras da Riba Côa.
