Às terças-feiras é tempo da poesia de Georgina Ferro. A poetisa raiana junta a sua sensibilidade artística ao amor e às memórias pelas gentes e terras raianas…
A Casa que nos acolhe como se fôssemos uma família de regresso ao lar. Tal e qual como quando se esperavam os emigrantes que vinham passar férias à «Terra». Há aqui, algo tão genuinamente nosso, que se sente a alma das nossas gentes. A cozinha abraçou-nos no conforto dos seus aromas e sabores. E que deliciosa refeição! A sala parecia alongar-se à medida que todos iam chegando…
Às terças-feiras é tempo da poesia de Georgina Ferro. A poetisa raiana junta a sua sensibilidade artística ao amor e às memórias pelas gentes e terras raianas…
Às terças-feiras é tempo da poesia de Georgina Ferro. A poetisa raiana junta a sua sensibilidade artística ao amor e às memórias pelas gentes e terras raianas…
Às terças-feiras é tempo da poesia de Georgina Ferro. A poetisa raiana junta a sua sensibilidade artística ao amor e às memórias pelas gentes e terras raianas…
Na minha aldeia de menina, este tempo era tempo de cheiro a maçãs maduras, a peras de Inverno, a castanhas a assar, a mosto a fermentar em tanques de pedra por baixo do «balcão» – o terraço que se estendia ao longo da casa no cimo das «escaleiras» – as escadas do curral para casa.
Às terças-feiras é tempo da poesia de Georgina Ferro. A poetisa raiana junta a sua sensibilidade artística ao amor e às memórias pelas gentes e terras raianas…
Ainda era lusco-fusco e já estava a mesa posta e a casa perfumada a carqueja do lume bem aceso. A cafeteira não tardou a libertar aquele cheirinho a café que a tia assentava com uma brasa incandescente e que era o melhor despertador das nossas manhãs, embora a chamada não nos entrasse pelos ouvidos, o seu odor inebriante depressa nos acordava da modorra matinal.
Às terças-feiras é tempo da poesia de Georgina Ferro. A poetisa raiana junta a sua sensibilidade artística ao amor e às memórias pelas gentes e terras raianas…
As duas irmãs, a Maria e a Neves, agora ambas com alguma idade, continuavam a viver na nossa aldeia que, cada vez, ficara mais desabitada. Tinha abalado tanta gente! As parceiras das suas idades, a pouco e pouco adoeciam, morriam ou estavam tão envelhecidas que mal assomavam às escaleiras.
Às terças-feiras é tempo da poesia de Georgina Ferro. A poetisa raiana junta a sua sensibilidade artística ao amor e às memórias pelas gentes e terras raianas…
O campanário da aldeia era o arauto da minha infância. Os sinos tocavam a avisar os actos religiosos.
Às terças-feiras é tempo da poesia de Georgina Ferro. A poetisa raiana junta a sua sensibilidade artística ao amor e às memórias pelas gentes e terras raianas…
A Zefinha vinha com o cântaro cheiinho de água e foi poisá-lo na cantareira. Perguntou-me se a avó já tinha acordado e eu respondi-lhe que tinha ouvido barulho no quarto mas a avó estava «queda» e ainda tinha os olhos fechados. De seguida reparou que eu tinha varrido muito bem o corredor e merecia um presente que guardava numa caixinha.
Às terças-feiras é tempo da poesia de Georgina Ferro. A poetisa raiana junta a sua sensibilidade artística ao amor e às memórias pelas gentes e terras raianas…
Naquele dia a minha avó ia com as vacas para o lameiro que ficava mais além do cemitério, a caminho dos Foios. Nem sequer se lembrava que por lá era… o «Dia da Capeia». Já estava quase aos Pinheirinhos, (diga-se a bono da verdade, bem longe dos Foios) quando vinha, no seu encalço o Tonho da ti Aurélia, que lhe bradava de longe para se vir dali. Em boa hora o fez, porque os bois andavam tresmalhados com os cavalos em louca correria por caminhos, veredas e campos…