Há quem diga que «Três é a conta que Deus fez!». O meu cachimbo deu-me um sinal de que tanta conversa com um Rei, algo de extraordinário tinha de acontecer.

Seu nome é Aníbal Andrade e, por incrível, aconteceu que me bateu à porta aqui na Centralidade do Mussungue. Falava «portinhol» e identificou-se como uruguaio. E perdido. Por engano foi para o avião errado e aterrou no Dundo, julgando que estaria em Cabinda.
O cachimbo nem sempre tem tabaco. Mas continua a ser uma companhia que me ajuda a pensar. A ergonomia é interessante e o sentir da madeira nas mãos deixa-nos diferentes. Talvez por isso continue nesta senda. A imaginar conversas num palácio de um Rei.
Um jornalista e o Director de um jornal, devem ter responsabilidade ao publicar uma notícia que pode mudar o curso da história. Lembro-me do escândalo «The Pentagon Papers», publicado em 1971, no «Washington Post» e que abalou a história americana com o chamado «Caso Whatergate». E reza a história que foi a herdeira da família Meyer, Katharine, proprietária do jornal, recentemente nomeada como Presidente do Conselho de Administração, que decidiu a publicação do escândalo contra a vontade de alguns administradores e directores.
O barbudo olhou-me com desconfiança. Tinha uma arma de tiro contínuo, com o selector pronto a disparar. Pediu-me o passaporte. De facto, estes documentos são caros e as capas de nada valem. Apenas resta a côr de vinho igual à de tantos países. Abriu-o e pouco entendeu. Fixou um olhar ameaçador no nome. Parecia ser árabe. «Sim, de facto venho de um sítio onde os árabes viveram muito tempo.»
O Blitzkrieg, ou guerra-relâmpago, consiste numa táctica militar com recurso fundamentalmente a forças móveis, em ataques rápidos e de surpresa, com o intuito de evitar que as forças inimigas tenham tempo de organizar a sua defesa.
Hoje, sem saber porquê, reflecti no tempo que gasto em pensar. Pensar nos assuntos que me assolam a mente, me tiram o sono e na verdade me ocupam o tempo. Por opção, vivo isolado desde 2019. E por isso penso muito mais. O pensamento é a minha grande companhia. Sem dúvida que as preocupações do trabalho me levam quase 80% do tempo. E pergunto porquê?
De nome Kwasi Wiredu, nascido no Gana e recentemente falecido nos Estados Unidos, com 90 anos de idade, teve ao longo da sua vida uma apreensão de como definir a Filosofia Africana. Entendia que haveria dois distintos períodos: o da colonização e o da pré-colonização.
Conheci uma jovem, de nome Stefanie. Nome habitual nestas terras africanas. Pertencia a uma famíla de classe média. Este extracto social está a «sumir» como aqui também se diz, vertiginosamente no espectro da sociedade. Seu pai faleceu há um ano, e como quase sempre, os bens são disputados por uma dezena ou mais pessoas. O direito sucessório é dificil aplicar, porque imaginação não falta aos herdeiros, e por vezes oriundos de progenitores diferentes.