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Home  /  .Capeia Arraiana (2025) • .Crónica • Memórias de Sortelha • Sortelha  /  As Companhias de Ordenanças
02 Junho 2025

As Companhias de Ordenanças

Por António Gonçalves
.Capeia Arraiana (2025), .Crónica, Memórias de Sortelha, Sortelha antónio gonçalves, capitão-mor, companhias de ordenanças Deixe Comentário

As Companhias de Ordenanças foram a base das forças militares do Antigo Regime.(1) Em Sortelha, os principais cargos foram sempre ocupados e controlados pela aristocracia local.

Jazigo do capitão-mor Manuel da Costa Castel Branco, em Sortelha, apresenta características de arte barroca

As Companhias de Ordenanças foram criadas no reinado de D. Sebastião, pelo regimento de 10 de dezembro de 1570, com o objetivo de repelir os ataques dos corsários (mouros, franceses e ingleses). Constituíram-se como forças militares locais, mantendo-se como base de recrutamento até ao final da monarquia absoluta.

Regimento dos Capitães-Mores e mais Capitães e Oficiais das Companhias da gente de cavalo e de pé e da ordem que terão em se exercitarem… [Aqui]

A criação das Ordenanças foi uma adaptação das medidas tomadas pelos reis católicos.

Capitão-Mor – a palavra Capitão generalizou-se em Castela no século XV

O Capitão-Mor tinha o comando das companhias, com os respectivos oficiais e empregados, com um efetivo teórico de duzentos e cinquenta homens, sendo coadjuvado por um sargento-mor. A ambos competia o recrutamento dos homens da Ordenança e fiscalizar a sua preparação. Abaixo encontravam-se os oficiais de companhia: Capitão, alferes sargento e cabo. Era uma forma de mobilização da sociedade, obrigatoriamente alistados todos os homens válidos entre os 16 e os 60 anos, excetuam-se velhos e privilegiados. As tropas de Ordenanças recebiam instruções todos os domingos, tendo dois alardos (2) por ano, um pela Páscoa e outro pelo S. Miguel.

As Ordenanças foram extintas em 1821, sendo substituídas pela Guarda Nacional.

Sargento-mor

Nas tropas auxiliares e de ordenanças provinha das tropas pagas, em regra o soldado mais velho, e era o encarregado da instrução.

Sargento

A palavra provém do italiano sergente, por sua vez derivada de serviens. Generalizou-se em Portugal no século XV, através de Castela. O sargento era um auxiliar do capitão comandante da companhia, encarregado da administração.

Pormenor do jazigo do capitão-mor Manuel da Costa Castel Branco

Capitães e sargentos de Sortelha

Século XVII

1656 – Era Capitão João Gonçalves.

Século XVIII

Registamos o jazigo do Capitão-Mor Manuel da Costa Castelo Branco na capela de Santo António, no arrabalde de Sortelha, com a inscrição seguinte:

JAZIGO DOS OSSOS / DO CAP(it)AM MAYOR  / M (anu)EL DA COSTA CAST/EL BR(an)CO DESTA U(il)A EA/LECEO A 15 DE 7BRO D/E 1708. FEZ UINCVLLO// UICVLLO DE SEVS / B(e)NS E SE ACHARA / NO CART(ório) DA CAMERA DESTA U(il)A / ET RESIDET FILIUS NO/MINIS EIUS DE MANIB (us).

Sabemos que, pelo processo de Leonor Fernandes, no início do Século XVIII foi Capitão-Mor Luís Pina, pertencente à família Pina de Olival.

1759 – Em 30 de Junho, óbito de Martinho de Mesquita da Fonseca Osório, de setenta e cinco anos de idade, Capitão da Ordenança da Bendada… [aqui]

1775 e 1777 – O Capitão-Mor foi Luís Correia da Costa, casado com Josefa Xavier Soares de Oliveira;  o Sargento-Mor era João Saraiva de Carvalho e Pina.

1776 – João Soares de Oliveira Rebello era Sargento-Mor e em 1778  passou a Capitão-Mor, natural de Gonçalo, era casado com Luiza Henriqueta Correia da Costa. Sucedeu a Luís Correia da Costa, pai de sua mulher.

1791 – António Lopes Leal foi Capitão de Sortelha.

1800 – Henrique Manoel Santeiro, era Sargento-Mor.

1801 – Era Capitão-Mor Henrique Manoel de Oliveira Roballo e Capitão Joaquim Fernandes Mendes.

? – José de Sousa Preto.

? – Manuel Mendes Esteves, natural do Casteleiro, também exerceu os cargos de Capitão-Mor e Sargento-Mor (informação de António José Marques).

A eleição do Capitão-Mor de 1830

As atas da Câmara Municipal de Sortelha deixaram-nos um documento precioso sobre a eleição do Capitão-Mor… [aqui]

Isto significa a sua continuidade num tempo em que era suposto já não existir!

A quem pertencia este poder?

Em Sortelha, os principais cargos foram sempre ocupados e controlados pela aristocracia local. Grande parte dos seus rendimentos provinha das propriedades! Apesar de não remunerados, através do recrutamento influenciavam a vida das populações, assumindo-se como um poder paralelo. O seu comportamento deveria servir de exemplo. Talvez por isso, eram frequentadores assíduos das cerimónias religiosas, padrinhos na maioria dos casamentos e batizados e, muitas vezes, testemunhas.

Notas

(1) Conceito de Antigo Regime – período da história europeia, entre os séculos XVI e XVIII, até às Revoluções Liberais. Marcado pelo Absolutismo Régio, pela sociedade de ordens, pelo mercantilismo e pela arte e mentalidade barrocas.

(2) Alardo – Revista de tropas. Fazia-se um pela Páscoa e outro pelo São Miguel.

Bibliografia

LEONZO, Nanci. As instituições. In: SILVA, Maria Beatriz Nizza da (coord.). O Império luso-brasileiro, 1750-1822. Lisboa, Estampa, 1986. p. 301-331. (Nova História da Expansão Portuguesa, v. 8).

MONTEIRO, Nuno Gonçalo. Os Concelhos e as Comunidades, in MATTOSO, José, História de Portugal, Volume IV, Lisboa, Editorial Estampa, 1992.

SERRÃO, Joel. Dicionário de História de Portugal, Vol.s II e IV, Porto, Livraria Figueirinhas, 1984. (artigos: Exército, Ordenanças)

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«Memórias de Sortelha», opinião de António Gonçalves
(Cronista/Opinador no Capeia Arraiana desde Janeiro de 2019)

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