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Home  /  .Capeia Arraiana (2025) • .Crónica • Cultura • Estas coisas da alma • Música  /  Jets – João Alves da Costa e Jorge Palma
29 Maio 2025

Jets – João Alves da Costa e Jorge Palma

Por Manuel Sequeira
.Capeia Arraiana (2025), .Crónica, Cultura, Estas coisas da alma, Música aurélio márcio, jets, joão alves da costa, jorge palma, manuel sequeira Deixe Comentário

Nas minhas deambulações virtuais, tropecei num grupo musical (esquecido) dos anos 60: os «Jets» do João Alves da Costa. A canção «Let Me Live My Life» (1967) deu o título ao seu (único?) EP e diz-se que foram precursores do rock português. O curioso é que me lembrei de uma história relacionada com o surgimento desse grupo da então chamada música psicadélica. Jorge Palma também por lá passou…

Os «Jets» de João Alves da Costa e Jorge Palma

João Alves da Costa era o baterista dos «Jets». Estudante no Liceu Francês, pediu ao pai que lhe comprasse uma bateria. Era um instrumento caro, mas o bom do Aurélio Márcio (jornalista de «A Bola» onde eu também trabalhava) lá satisfez o desejo do filho. Fiquei a pensar que ainda havia meninos com sorte que recebiam brinquedos caros. E, também, atento aos progressos do baterista…

Neste capítulo, não foi longe. Os seus dotes musicais até nem eram maus; mas volvido algum tempo zarpou para os Estados Unidos da América e foi estudar jornalismo de investigação. Assistiu ao famigerado «caso Watergate» e escreveu um livro que foi uma pedrada no charco no panorama jornalístico português daquele tempo: «América em Carne Viva». O resto…

… Bem, o João Alves da Costa ingressou no «Diário Popular» (de boa memória), conviveu com jornalistas de alto gabarito (Baptista-Bastos, Jacinto Baptista, Abel Pereira, Viriato Mourão…) e mais tarde deu o salto para «A Bola». Um percurso fulgurante no jornalismo e autor com vasta obra publicada, bem conhecida do grande público. «Escritor maldito»? Tinha um estilo próprio e investigou temas tabu que permaneciam escondidos. «As Diabruras do Menino Hamlet», «América em Carne Viva», «Bruxas à Portuguesa», «Droga e Prostituição em Lisboa» e tantos outros títulos. Para televisão, escreveu (com Francisco Nicholson) a primeira telenovela portuguesa: «Vila Faia» (1980). Por vezes, terminava o serviço no jornal da Travessa da Queimada e ficava até altas horas às voltas com os episódios da telenovela. Também não esqueci as suas reportagens originais na Volta a Portugal em bicicleta.

Mas voltemos ao tema inicial: os «Jets». Por curiosidade, fui pesquisar e, com a devida vénia, transcrevo excerto da história deste grupo musical. Quem diria que o grande Jorge Palma também por lá passou?

«Com um único disco editado, os Jets são um dos grupos lendários da década de 60 em Portugal. Nesse ano de 1967, em que publicam o seu EP, estreiam-se também, dentro dos universos sonoros do psicadelismo, os Chinchilas (com Filipe Mendes), o Conjunto Académico Hi-Fi (de Coimbra, que seria o primeiro grupo de rock a gravar com uma vocalista), o músico Nuno Filipe (com poesia de Maria Teresa Horta) ou, já em Novembro, o Quarteto 1111, com a pedrada no charco que foi «A Lenda de El-Rei D. Sebastião».

Depois de um quarto lugar na final do Concurso Yé-Yé, realizada em 1966 no Cine-Teatro Monumental, em Lisboa, os «Jets» ajudavam agora a definir os novos rumos do rock no nosso país. Sintonizando-se com as propostas dos americanos «Byrds ou Lovin’ Spoonful» (grupo do qual chegam a gravar uma versão de «Lovin’ You»), seria pelos temas originais que mais se destacaram.

«Let Me Live My Life», da autoria do teclista João Vidal de Abreu, dá o título ao EP dos «Jets». Um vídeo-clip foi gravado na Praia Grande. Nas imagens vemos a formação clássica do grupo, com o baterista e futuro jornalista e escritor João Alves da Costa, os guitarristas Ricardo Levy e Júlio Gomes, que depois formariam o grupo «Sindicato», e ainda o baixista Mário Augusto, já desaparecido. João Vidal de Abreu, também conhecido como Beethoven, seguiria depois carreira em Espanha, como elemento dos grupos Los Grimm e Barrabás, alcançando com estes últimos sucesso em todo o mundo.

O histórico EP dos «Jets» traz uma capa também ela bem marcada pelo psicadelismo, da autoria do pintor surrealista Carlos Fernandes. Editado pela Tecla, do maestro Jorge Costa Pinto, trazia as duas músicas referidas atrás, e ainda outro tema do grupo, «Chase Your Blues Away», e uma versão de «Green, Green», um original de 1963 dos «New Christy Minstrels». Com a saída de Beethoven, junta-se aos «Jets» o Jorge Palma, que depois estaria também na fundação do grupo «Sindicato». Mas, aí, as influências eram já bem distintas.

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Entrevista de Afonso de Melo a João Alves da Costa no «Sol»… [aqui]

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«Estas coisas da alma», crónica de Manuel Sequeira
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Hoje jogo eu…

Conheci o João Alves da Costa nos corredores do jornal «A Bola» na Travessa da Queimada. Sempre me fascinou a sua maneira de ser descomprometida e provocadora. Se houvesse uma caderneta com os que colaboraram com o jornal nos anos 90 o João seria, sem qualquer dúvida, um dos cromos mais procurados. Recordo algumas conversas em que ele recordava a sua passagem na juventude por uma comunidade hippie nos Estados Unidos onde tudo era permitido ou aquela fase em que andava a escrever o livro sobre as chamadas eróticas de valor acrescentado e todos os dias comentava as entrevistas que fazia nas linhas eróticas que marcaram uma época.

Também eu recordo com carinho o João Alves da Costa com os seus óculos na ponta do nariz e cabelos despenteados e sempre com uma palavra elogiosa quando se cruzava com as colegas da «Queimada».

José Carlos Lages

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Manuel Sequeira

Manuel Sequeira :: :: Estas coisas da alma :: ::

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