Quem foram e o que fizeram os «Defensores de Chaves» para serem lembrados e perpetuados na toponímia de Lisboa e de outras localidades do País?…

DEFENSORES DE CHAVES
o que fizeram afinal
os defensores de Chaves
perpetuados na capital
por se constituírem entraves
à restauração do poder real
fechando a urbe a sete chaves
a batalha de 1912 é a razão
para a toponímica evocação
Estava o poder republicano
há um ano na governação
quando foi alvo de um plano
dos monárquicos na oposição
com o apoio do rei castelhano
organizaram uma expedição
entraram no país pelo norte
mas a resistência foi forte
e foi em Chaves que ocorreu
o combate mais relevante
o exército monárquico sofreu
uma derrota humilhante
e este facto concorreu
para o revés importante
sofrido pelos invasores
derrotados pelos defensores
pela monarquia Paiva Couceiro
era um distinto chefe militar
ganhara fama de guerreiro
em África a batalhar
o seu plano, primeiro
até parecia ir resultar
com uma manobra de diversão
dividiu a Flávia guarnição
os republicanos em minoria
socorreram-se da população
aguardando com galhardia
pela maioria da guarnição
já com o apoio da cavalaria
lograram travar a invasão
Ribeiro de Carvalho um coronel
defendeu a cidade e o seu quartel
Couceiro e os seus soldados
retiraram para lá da fronteira
assumindo-se derrotados
os de Chaves içaram a bandeira
e para sempre serão lembrados
como a intransponível trincheira
defensores de Chaves é avenida
a história está aqui resumida

«Escaramuças» de Chaves ocorreram a 7 e 8 de Julho de 1912
A 8 de julho de 1912 as tropas da monarquia chefiadas por Paiva Couceiro entraram em Portugal oriundos da Galiza. O seu itinerário foi erradamente calculado pelas tropas republicanas que foram esperar o inimigo a um lugar onde este não tencionava passar.
Assim ficaram na cidade de Chaves poucos militares, chefiados pelo coronel Ribeiro de Carvalho, que resistem à invasão com a ajuda da população. Quando o grosso das tropas regressa do logro em que haviam caído os republicanos conseguem rechaçar as tropas de Couceiro que retiram para a fronteira.
Terminava assim a primeira tentativa de invasão monárquica depois da implantação da República em Portugal.
Pouco tempo depois é decidido em Lisboa dar a uma artéria da capital o nome de «Avenida Defensores de Chaves» perpetuando este acontecimento.
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«Quiosque da Sorte», poesia de Luís Fernando Lopes
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