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Home  /  .Capeia Arraiana (2025) • .Crónica • A Minha Aldeia • Casteleiro • Emigração • França  /  Casteleiro – casos, locais e pessoas (11)
26 Maio 2025

Casteleiro – casos, locais e pessoas (11)

Por José Carlos Mendes
.Capeia Arraiana (2025), .Crónica, A Minha Aldeia, Casteleiro, Emigração, França josé carlos mendes Deixe Comentário

A crónica que vai ler foi escrita há mais de 13 anos… Mas estas verdades são para a vida toda. Na minha família houve sempre migrantes (Santarém e Alentejo, sobretudo) e emigrantes (Angola, França e Alemanha, para começar e depois houve também outros destinos, claro). Hoje tive mesmo vontade de os homenagear a todos eles… Venha daí comigo, por favor!

Emigração portuguesa nos bidonville nos arredores de Paris (foto: Gérald Bloncourt)

Emigração – causas e consequências

O fenómeno da emigração e suas causas: o baixíssimo nível de vida, a vida impossível de muita gente. Não foi turismo. Não foi divertido. Não foi uma aventura ligeira. Não! Foi muito pesado. Foi duro, foi dramático, foi fruto do desespero.

É certo que foi uma janela aberta – mas no alto de uma serra muito difícil de subir… Antes de mais, porque o regime não permitia a saída do País. Era preciso ir «a salto» – uma travessia dramática de serranias através de toda a Espanha e depois até Paris, Lyon, Pau, Dijon, Clermont Ferrand… «quoi que ce soit» (seja o que for, fosse o que fosse).

Vamos primeiro às causas, para evitar as visões românticas e nos atermos ao realismo duro da vida real e bem dura.

Nem tudo é negativo

Da emigração resultaram em contradição duas consequências paralelas principais: por um lado, um grande sacrifício pessoal dos envolvidos (os que iam e os que ficavam); por outro lado, a melhoria da qualidade de vida, gradualmente, paulatinamente, mas melhoria. Indiscutível. Mesmo que à custa de coisas essenciais, como a saúde (muitos «rebentaram» por lá) e a dignidade os franceses e não só atreviam-se a humilhá-los e a espezinhá-los – fosse discretamente, fosse às escâncaras.

A vida profissional dos nossos lá foi sempre complicada para quase todos: primeiro era preciso ser muito dócil, muito submisso, a fim de ficar legalizado. Os trabalhos em que estavam eram dos piores: construção civil, caminhos-de-ferro – coisas assim.

Mas há pior: o medo permanente de ser posto na fronteira dava cabo do sistema nervoso de todos eles.

Para quase todos, a França significou também as artroses, as pernas partidas e «soldadas», as costas derreadas, os joelhos duros, os pulmões arruinados, muito álcool, muita complicação. E vários anos sem ver a família.

Mas a maioria sobreviveu a isso, em nome do objectivo: dar vida melhor aos filhos e aos netos.

Praticamente todos o conseguiram. E isso é uma vitória sobre o que tinham passado em Portugal e sobre a má formação de muitos franceses.

Hoje, ontem, amanhã…

Por via da emigração, no Casteleiro, criou-se em certa altura um ambiente especial, pelo menos no mês de Agosto.

Falava-se aquele dialecto engraçado que era uma mistura do português, quer dizer, do português falado nos anos 50 numa aldeia beirã, com umas arranhadelas de algo parecido com o francês da rua e da obra em Paris – nos «bidonvilles» (bairros de barracas) de Champigny ou em Clermont Ferrand…

Hoje, as famílias emigrantes, a maioria da aldeia, ou estão completamente adaptadas na França onde permanecem (pelo menos as terceira e quarta gerações) ou voltaram e vivem uma pacata vida rural, de padrão tradicional.

Encontro de tudo…

Os adaptados à vida francesa têm hoje netos que ou não sabem ou não dizem uma palavra de português.

E, nos poucos dias que passam na terra, têm na aldeia em geral boas casas, boa vida.

Os que voltaram cedo, muitos por razões de saúde, voltaram ao que eram antes, mas agora com dinheiro de bolso: reformas, poupanças, etc..

Seja como for, a aldeia depois da emigração nunca mais foi a mesma… ficou mais diversificada, mais completa.

Muito mais e mais se devia dizer. Mas um tal fenómeno não cabe em letras. Nem em espaços razoáveis de um artigo que possa como tal ser lido. Há já imensas teses de mestrado e doutoramento – algumas bem longe do que vi e ouvi, digo com pena. Há já muitos livros, há músicas e há filmes. Mas a mim, do que conheço, parece-me sempre que as coisas passaram longe de quem escreveu ou divulgou.

Provavelmente, erro de análise da minha parte.

Finalmente, um registo da minha parte: as minhas homenagens sinceras aos emigrantes e suas famílias. Sejam os do Casteleiro, sejam os de toda a região.

::   ::   ::   ::   ::

Até para a semana, à mesma hora, no mesmo local!

:: ::
«A Minha Aldeia», crónica de José Carlos Mendes
(Cronista/Opinador no Capeia Arraiana desde Janeiro de 2011)

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José Carlos Mendes

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