Com 260 milhões de falantes, o português é a quinta língua mais falada no mundo…

Celebrou-se no dia 5 de Maio o Dia Mundial da Língua Portuguesa. A organização coube ao Camões – Instituto de Cooperação e da Língua em parceria com a CPLP – Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, a UNESCO e a ONU.

Para fortalecer os laços culturais em toda a lusofonia, a Rede de Bibliotecas Escolares promoveu em território nacional e em países onde se fala e ensina português, ligações por videoconferências, troca de materiais, exposições, encontros com escritores, palestras e colóquios.

O Centro Cultural Equatoguineano, em Malabo, na Guiné Equatorial (membro da CPLP), propôs um diálogo reflexivo sobre língua portuguesa.

António Guterres, secretário-geral da ONU, enviou uma mensagem para todos os que geograficamente dispersos se encontram unidos pela língua portuguesa, veículo de «entendimentos, afectos, respeito mútuo e de convivência».

Citações

«A única coisa que temos de respeitar, porque ela nos une, é a língua»
Franz Kafka.

«Gosto de sentir a minha língua roçar
A língua de Luís de Camões…»
Canção de Caetano Veloso e Elza Soares (1984).

Sinalizamos e louvamos a efeméride com a transcrição de um soneto alusivo à língua portuguesa do poeta brasileiro Olavo Bilac (1865-1918):

Última flor do Lácio, inculta e bela,
És, a um tempo, esplendor e sepultura;
Ouro nativo, que na ganga impura
A bruta mina entre os cascalhos vela

Amo-te assim, desconhecida e obscura,
Tuba de alto clangor, lira singela
Que tens o trom e o silvo da procela,
E o arrolo da saudade e da ternura

Amo o teu viço agreste e teu aroma
De virgens selvas e de oceano largo!
Amo-te ó rude e doloroso idioma

Em que da voz materna ouvi: «Meu filho!»
E em que Camões chorou, no exílio amargo,
O génio sem ventura e o amor sem brilho

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«Língua Estufada», opinião de José Leitão Baptista
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