O mês de Maio, em plena Primavera, surpreende-nos sempre com a exuberância de cores matizadas, numa natureza com toda a pujança de reviver. Também o autor-poeta se entranha neste tempo de regeneração e tenta exprimir a vida e o amor que renascem como se se assistisse à criação de um mundo novo…

Urzes roxas de Maio
Maio! Ouro das giestas em flor!
Urzes roxas no cimo da montanha!
Momento de alegria tamanha
Que inunda o meu ser ao sol-pôr!
Ouço a poupa, o cuco traidor!
Sons, ambiente que nos entranha!
Um céu azul! Ar leve nos acompanha!
Sou desta terra grande amador!
Regressarei em plena Primavera!
Águas claras, belos campos floridos!
Adorado amor, beija-me na face!
Sinto meu ser a ferver! Quem me dera
Voltar a ver nossos corpos despidos!
Para sempre, num amoroso enlace!
Maio – um beijo de bem-querer!
Quantas palavras haverá em Maio
Para te poderem surpreender?
Rosas, amor, um beijo de bem-querer?
Todo o meu desejo por ti espraio.
Em mim não fica nada de soslaio!
Tudo é transparente, podes crer!
Meu amor é eterno, para valer!
Nada do que disse ou fiz extraio!
Em Maio, amor em ti rejuvenesce!
Agora Maio, a casa está florida!
Bendito Maio, ao som de Ave-Marias!
Depressa Maio, que o amor anoitece!
Eterno Maio, não há manhã perdida!
Sempre Maio, com muitas alegrias!
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«Pedaços de Fronteira», opinião de Joaquim Tenreira Martins
(Cronista/Opinador no Capeia Arraiana desde Novembro de 2012)
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