«Naquele tempo…» | Às terças-feiras é tempo da poesia de Georgina Ferro. A poetisa raiana junta a sua sensibilidade artística ao amor e às memórias pelas gentes e terras raianas…

NAQUELE TEMPO…
Acendiam-se os lumes em cada lar
Mal o dia rompia a madrugada
Hora de sono para a criançada
Que tanto lhe custava a acordar
Então, era aquele cheirinho a carqueja
E o aroma do café derramado
Que acordava a canalhita e o gado
Bem cedinho, ainda antes que se veja
Depois, com a bênção do pai e da mãe
Do avô e da avozinha também
Tudo na nossa vida renascia
Bebia-se o café com leite migado
Cara lavada, cabelo penteado
Iniciavam-se as tarefas do dia
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«Gentes e lugares do meu antanho», poesia de Georgina Ferro
(Poetisa no Capeia Arraiana desde Novembro de 2020)
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