«A Lua» | Às terças-feiras é tempo da poesia de Georgina Ferro. A poetisa raiana junta a sua sensibilidade artística ao amor e às memórias pelas gentes e terras raianas…

A LUA
Quando nasci, a Lua era um barquinho
Era uma conchinha de luz pequenina
Lá longe no céu, era um fio de linho
Que eu ia dobando nas mãos de menina
E dia a dia cresceu em tamanho e brilho
Esperando que a noite escurecesse
Então, era o lampião de cada trilho
Luz para que ninguém na terra se perdesse
Como anseio, à noite, vir falar com ela
Ponho-me atrás das vidraças da janela
A vê-la cintilar tal qual uma estrela
E, ora é um majestoso lampião
Ou é uma bola que me cabe na mão
Entre densas nuvens que querem escondê-la
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«Gentes e lugares do meu antanho», poesia de Georgina Ferro
(Poetisa no Capeia Arraiana desde Novembro de 2020)
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