O Ano Jubilar iniciou-se em todo o mundo católico a 29 de Dezembro de 2024 com términus a a 6 de Janeiro de 2026. Quanto ao significado, esta palavra é inspirada no termo hebraico «yobel», com referências ao chifre de um cordeiro, e na raiz latina «iubilium», que significa um grito de alegria.

O Jubileu no judaísmo celebra-se de cinquenta em cinquenta anos com a libertação de escravos, restituição de bens e o perdão de dívidas.
Em 1300, o Papa Bonifácio VII decretou o primeiro Jubileu, a fim de se realizar de cem em cem anos. Em 1342, o Papa Clemente VI determinou para ser de cinquenta em cinquenta anos. Em 1389, o Papa Urbano VI, atendendo à idade de Cristo, passou para trinta anos. Em 1470 e até aos dias de hoje, por ordens do Papa Paulo II, faz-se de vinte e cinco anos em vinte e cinco anos. Em 1472, o Papa Martinho V celebrou o Jubileu, introduzindo um dos sinais, que aparecem em todos os Jubileus: a abertura da Porta Santa em São João de Latrão.
O Papa Francisco, para o Jubileu de 2025, escolheu como lema «Peregrinos da Esperança». O Papa acrescenta que «é o espírito santo, com a sua presença perene no caminho da Igreja, que irradia nos crentes a luz da Esperança… também São Paulo nos indica que “A Esperança não engana”».
O primeiro sinal de Esperança é acabar com a guerra em tantos países, Ucrânia, Médio Oriente, Sudão, República do Congo… A Humanidade precisa de viver em paz.
Sinal de Esperança para os reclusos, para os doentes que se encontram em casa, nos lares ou nos hospitais.
Sinal de Esperança, merecem os nossos idosos, valiosos tesouros de sabedorias, de experiências de vida, que estão com as suas fragilidades, na solidão, muitas vezes abandonados pelos seus familiares.
Sinal de Esperança merecem os emigrantes e imigrantes, que abandonam as suas terras, as suas famílias, na procura de uma vida melhor, para que as comunidades dos países lhes dêem o necessário acolhimento fundamentado na base das humanidades e fraternidades.
Sinal de Esperança devem ser invocados para os pobres, a quem falta o necessário para viver, muitos nos limites da sobrevivência, enquanto verificamos tantos esbanjamentos e sinais exteriores de riqueza, muitas vezes alcançado pelos meios mais ilícitos e criminosos.
Fui à rua e ouvi pessoas sobre este acontecimento que envolve a cristandade mundial…
Luís Flor Almeida, de 53 anos, organizador de eventos culturais: «Já ouvi falar do Jubileu no ano de 2025. Recordo as comemorações em 2000, que em Castelo Branco foi muito participado, como uma instituição relacionada com a Igreja. A minha atenção vai para a Esperança de se viver em Paz. Da parte da Igreja devia de existir uma melhor comunicação, que infelizmente quase não existe.»
António Lourenço Marques, de 72 anos, médico: «É um tempo de reflexão positiva para todos os cristãos. Devem ter preocupação e influência sobre figura do próximo, nas abrangências da pobreza, da doença, da marginalização, da exclusão… Entendo que, pela importância do Ano Jubilar, devia de existir um maior conhecimento desta iniciativa da Igreja.»
Maria Manuela Abreu Esteves Pires, de 63 anos, ex-bancária: «O Jubileu, sob o ponto de vista religioso, visa a construção de um mundo melhor, de acordo com a doutrina da Igreja.»
Ainda sobre este tão importante acontecimento na vida da Igreja, entrevistei alguns adolescentes. Dado o desconhecimento sobre o tema não os inclui neste texto.
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«Aldeia de Joanes», crónica de António Alves Fernandes
(Cronista no Capeia Arraiana desde Março de 2012)
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