Celebra-se este ano o 25.º aniversário do Centro de Estudos Ibéricos (CEI) criado em 27 de Novembro de 2000. Em Nota de Imprensa recentemente distribuída, o CEI informa sobre os principais eventos que constituem o Plano de Actividades comemorativos da data desta importante associação cultural do distrito da Guarda que teve como um dos principais mentores e orientadores o filósofo Eduardo Lourenço.

O «Prémio Eduardo Lourenço 2025» celebra o autor do projecto original do CEI-Centro de Estudos Ibéricos. Estava-se em 1999, quando o célebre escritor e intelectual lançou o desafio a várias entidades locais para a criação de uma entidade coordenadora e dinamizadora da História Cultural Regional. Daí nasceu o projecto que seria criado a 25 de Novembro de 2000.
Em 2025 comemora-se o 25.º aniversário do CEI
Principais iniciativas do Centro de Estudos Ibéricos (CEI) programadas para 2025:
– Transversalidades – «Fotografia sem Fronteiras 205» com candidaturas até 21 de abril.
– Prémio Eduardo Lourenço 2025 (XXI edição) com candidaturas até 21 de março.
– Curso de Verão – Submissão de «Comunicações» até 21 de maio.
– CEI-IIT`25 – «Investigação, Inovação e Território» com candidaturas até 16 de maio.
– Oficina de História da Guarda – Realização do evento entre 7 e 11 de julho.
Historial da criação do CEI
O Centro de Estudos Ibéricos informa no seu site que o CEI nasceu da ideia do ensaísta Eduardo Lourenço na sessão solene comemorativa do Oitavo Centenário do Foral da Guarda, em 1999. «Oito séculos de altiva solidão!», pranteou o admirável orador, enquanto revisitava o lugar que o acolhera na adolescência e que disse ter-lhe determinado alguns aspectos fundamentais da sua vida. Tornado às origens em romagem pela História, o pensador agarrou o fio esparso do labirinto da saudade e, com o brilho dos simples, profetizou que o enleio não seria crítico de desfazer. Existe, acima de tantos equívocos, uma ideia falsa de interioridade que nos consome. Falsa, porque a Beira só é interior depois que Portugal se definiu pelo mar. Mas, afinal, o mar que a Beira e esta sua Cidade não receberam de companhia permanece, de outro modo, há oito séculos diante de nós – e nunca quisemos vê-lo. Já não se vigia nem se conquista, já não carrega perigos recônditos e não se chama Castela! Chama-se Ibéria! Esta é a Cidade que está mais vocacionada que nenhuma outra para ser o lugar de um diálogo com aqueles que foram nossos adversários durante séculos. Invocando inovados desígnios, incitando novas batalhas, Eduardo Lourenço demandou que a Guarda continuasse de atalaia – na busca de «um futuro comum para uma Ibéria da Europa onde já estamos».
E daqui nasceu a instituição.
Estrutura do CEI
Trata-se de uma organização com uma estrutura complexa e muito expressiva. Compõe-se de direção, assembleia geral, comissão científica e relações internacionais, entre outros órgãos que incluem também as Universidades de Coimbra e Salamanca.
Objectivos actuais
Segundo a mesma fonte, «a aposta estratégica do CEI passa por uma reorganização que reforce o seu empenho numa maior equidade social e territorial e, consequentemente, em intensificar as iniciativas no âmbito da Cooperação e Desenvolvimento. O intercâmbio científico e cultural, a investigação de temas ibéricos, a realização de estudos locais e regionais são tarefas que, além permitirem um espaço ibérico mais tornar mais culto e solidário, reforçarão a rede de investigadores de Portugal e Espanha que se pretende mais ampla, sólida e organizada. O debate daqueles temas passará, necessariamente, por intercâmbios, parcerias e a realização de trabalhos em comum com investigadores de outros países europeus mas, fundamentalmente, pela abertura aos de países que têm as línguas ibéricas como património comum (CPLP e América Latina)».
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Redação do Capeia Arraiana
(capeiaarraiana.pt)
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