«Comunicado à imprensa» do Presidente da Câmara Municipal do Sabugal, Vítor Proença, enquanto tomada de posição pública face aos últimos desenvolvimentos veiculados pela Comunicação Social local e pelas Redes Sociais, nomeadamente a «Carta Aberta de Joaquim Portas» publicada pelo «Capeia Arraiana» a 22 de janeiro…

Publicamos, na íntegra, o «Comunicado à Imprensa» enviado pelo Serviço de Promoção e Desenvolvimento Económico | Relações Públicas, Comunicação e Marketing Territorial da Câmara Municipal do Sabugal…
«COMUNICADO À IMPRENSA
Consideramos muito saudável, e até o promovemos, o exercício da cidadania dos munícipes, das organizações, das entidades e dos partidos, e o envolvimento nos assuntos que a todos dizem respeito – a res pública – porque, quanto maior for a participação dos munícipes e o envolvimento ativo nas políticas da comunidade, melhores serão as decisões que a todos interessam.
Ao nível do Município, a cidadania pode exercer-se: assistindo e participando nas Assembleias Municipais e nas reuniões do executivo da Câmara Municipal; interpelando, reclamando, sugerindo, requerendo ou em audiência solicitar ao órgão competente informações e esclarecimentos que se julguem necessários.
Nem sempre os objetivos de algumas opções e decisões políticas – precedidas sempre de debate e posterior votação, quer na Câmara Municipal, quer na Assembleia Municipal – chegam a todos os munícipes e quase nunca em ‘primeira mão’. Quer isto dizer que às reuniões da Assembleia Municipal e às reuniões públicas do executivo da Câmara Municipal assiste um número muito reduzido de munícipes.
Privilegiamos a seriedade e a dignidade nos relacionamentos institucionais e entre os munícipes, procurando servir e dar as respostas adequadas, disponibilizando toda a informação relevante à vida dos munícipes.
Não pactuamos nem participamos no alarido das redes sociais onde, muitas vezes, se acusa antes de conhecer os factos, se enviesam os assuntos de modo a colher opiniões favoráveis, se deturpa, se falseia, se diz apenas o que interessa, etc. Acresce que, em ano de Eleições Autárquicas, todo esse alarido do diz-que-diz, é exponenciado com populismos desbragados, evidenciando a total ausência de participação cívica durante três anos.
Nada nos move contra ‘cartas abertas’. Elas apenas responsabilizam os seus autores. No entanto, consideramos incorreto e, como tal, não podemos pactuar com o facto de uma carta enviada à Câmara Municipal, solicitando esclarecimentos, seja tornada pública nas redes sociais, em forma de Carta Aberta, antes de ter a devida resposta, como se, primeiro cria-se a confusão e, depois, quando vierem os esclarecimentos, já estão feitos os juízos de intenção e de valor e o julgamento realizado.
O dever ético não está só do lado de quem governa, também está do lado de cada um, devendo todos pautar as nossas condutas por princípios éticos e morais, ainda que nem todos tenhamos que estar de acordo com as opções ou decisões tomadas.
Eleitos que somos, vamos continuar a fazer o que nos confiaram dever fazer, que consideramos necessário e bom para as pessoas e para o concelho, estabelecendo prioridades e tendo em conta os recursos disponíveis e a exequibilidade das ideias.
Sabugal, 27 de janeiro de 2025
O Presidente da Câmara Municipal,
Vítor Manuel Dias Proença»
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José Carlos Lages (com CM Sabugal)
Pois, pois, Sr. Presidente, muito bla bla mas esclarecimentos às questões colocadas pelo autor da carta nem vê-los.
E, contrariamente ao que insinua, é mesmo em anos de eleições que se prestam contas!
Depois de ler a “Carta Aberta” e a “resposta” só posso concluir que a tão proclamada democracia e a defendida participação dos cidadãos nas reuniões públicas do executivo e da Assembleia Municipal se limitam a estar nelas presente em carne e osso.
Uma carta aberta publicada nas redes sociais é um documento público, com o mesmo valor dos muitos documentos publicados pelo Executivo nas suas páginas abertas nas mesmas redes sociais, repetidas mais tarde, no Boletim Municipal e diariamente partilhadas na página política do senhor Vítor Proença, político com funções de Presidente da Câmara Municipal.
Se o cidadão não aparece nas reuniões, o que tem feito o executivo e a Assembleia Municipal para publicitar os assuntos tratados nessas reuniões? Pouco ou quase nada. Lá vai publicando as actas das sessões, mas com tanto atraso que quando as leio, já passaram 4 ou 5 meses! A participação dos cidadãos nunca foi bem acolhida e apoiada. Se houvesse muito interesse nessa participação tinham aprovado um regulamento a favor da participação logo na abertura das reuniões e não no final, quando todos têm pressa de sair das salas… E já agora porque se recusam a transmiti-las online?
Mas voltando à resposta do senhor Presidente da Câmara, tratou-se de apontar a falta de “ética” e nem sequer esperaram pela “resposta”? Eu não li e desconheço qualquer esclarecimento sobre os actos praticados pelo executivo. É que nem um único caso apontado, foi devidamente esclarecido!
E isto é que é preocupante. A resposta é uma não resposta. Tanta falta de transparência…
Abençoada internet que nos ajuda a compreender melhor o mundo e as pessoas que nele habitam.