Até 6 de janeiro, dia de Reis, a cidade de Lisboa festeja o Natal com mais de um milhão de lâmpadas LED que iluminam a velha cidade numa tradição que remonta aos anos 50 do século passado…
No Largo do Camões, em Lisboa, uma criança inicia com a sua família um passeio para verem as iluminações de Natal. A mãe ensina-lhe que a luz sempre foi associada às ideias do bem da confiança e da felicidade, lembrou-lhe quando ela era pequenina e queria dormir de luz acesa. Ali perto da estátua do poeta deliciaram-se com o castelo que enfeita a praça, desceram então pelo Chiado e o avô lembrou que a Câmara Municipal terá começado a prática de iluminar o centro da cidade nos anos 50 do século passado – «mais ou menos quando eu nasci» – disse ele para situar a data.
Na Avenida da Liberdade centenas de árvores serviram para o pai explicar que as lâmpadas de tecnologia LED são muito mais económicas acabando por preservar o planeta. Aproveitou, então, para ensinar a criança que na sequência da invenção da lâmpada elétrica se acredita que foi um sócio de Edison o inventor quem construiu embora de forma rudimentar a primeira sequência de luzes de Natal.
No Rossio a feira natalícia chamou a atenção, mas o pormenor do castelo lá no alto iluminado velando pela cidade não passou despercebido. Pelas ruas da baixa pombalina a criança viu gente de todas as origens passeando como ela e fruindo a beleza das ornamentações.
Já na Praça do Comércio a criança perante a árvore de Natal gigante ficou a saber que é controversa a origem deste símbolo, uns dizem que remonta às festas pagãs do solstício de inverno no norte da Europa, outros acreditam que Martinho Lutero o protestante terá sido o pioneiro enfeitando árvores durante o Natal com velas, mas o que é facto é que hoje a tradição é comum a católicos e outras religiões e até ateus. Chegaram então à Praça do Município onde:
a criança quis saber
o que era afinal
a época que estava a viver
a que chamam o Natal
é a paz na Terra
é um dia sem guerra
junta-se a família à ceia
em dia de mesa cheia
Ajudam-se os necessitados
Consolam-se os enlutados
Alegram-se as crianças
Trocam-se lembranças
Reza-se pelos doentes
lembram-se os ausentes
é o dia do ano
Que realça o melhor do ser humano
a criança ouviu a explicação
e começou numa birra infernal
pois não compreendeu a razão
porque não é todos os dias NATAL
Aproveito ao finalizar esta crónica e parafraseando Raul Solnado pedir, desejar a todos os cronistas e leitores do Capeia Arraiana que cada um à sua maneira…
Façam o favor de ser felizes!
Boas Festas!
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«Quiosque da Sorte», poesia de Luís Fernando Lopes
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Luis, poeta, trabalhador, escritor, sempre do lado humano, mais humano, de cada um de nós.
Luis, continua a ser tu mesmo, Luís, Poeta, Trabalhador, Escritor. Luís, é esta a minha orquídea, a que te posso oferecer,em tempos difíceis.
Hoje eu, amanhã outros. Luís, Poeta, Trabalhador, Escritor.