Às terças-feiras é tempo da poesia de Georgina Ferro. A poetisa raiana junta a sua sensibilidade artística ao amor e às memórias pelas gentes e terras raianas…
O TI MANEL
Vinha o ti Manel pelos carreiros
Derreado, cansado, perdido
Feliz por não ter sido detido
Nem por guardas nem carabineiros
Já sonhava com o lume quente
No doce aconchego da lareira
Mas ao pé do pontão da ribeira
Que susto, teve ele, de repente!
Lá estavam os guardas na rusga
Pobre do Manel, contrabandista
Sem hipótese de qualquer fuga
Esconde o carrego quase à vista
E debaixo do pontão se enruga
Com a artimanha de um artista
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«Gentes e lugares do meu antanho», poesia de Georgina Ferro
(Poetisa no Capeia Arraiana desde Novembro de 2020)
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