Como vimos na primeira crónica o regime salazarista fez da Mitra um autêntico campo de concentração. Por se comemorar no dia 10 de setembro o dia da Mitra dedico as duas crónicas deste mês a essa instituição… (2)
Se um dia a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e/ou a Câmara Municipal de Lisboa fizeram a história de personagens lisboetas dos finais do século XX e que chegaram aos nossos dias o Luís Fernando Lopes vai fazer parte obrigatória no índice. Apaixonado pelo seu «Belém» e pelo Bairro Alto é o «últimos dos moicanos ardinas» das colinas de Lisboa que iam directamente às «Casa da Venda» no Bairro Alto «buscar» os jornais. É uma homenagem atrasada (e muito) mas mais do que justa e merecida ao mesmo tempo que aproveitamos para divulgar as duas edições de autor com as suas «ideias poetéticas»…
A manhã suave e fresca de pré-outono chamava por mim. Não resisti. Saí e tomei café num bar próximo da minha porta. Recolhi no bolso a bolachinha embalada que me havia escoltado a bica e subi, cidade acima, até à ensolarada urbe antiga. Buscava vistas altas e areadas, sítios vetustos. Almejava sons, cores e odores. Enfim, desejava reiterar sensações.