O 38.º «Festival Ó Forcão Rapazes!» realizou-se no dia 16 de agosto na praça do Soito com a participação das nove equipas representantes de Aldeia da Ponte, Aldeia do Bispo, Alfaiates, Fóios, Forcalhos, Lageosa da Raia, Ozendo e ainda de Aldeia Velha e Soito como organizadores da festa. Fora da praça o colorido das camisolas dos jovens indicava as suas origens. Análise e reportagem fotográfica com as equipas de: ALDEIA VELHA, SOITO e OZENDO… (Parte 3 de 5).
(Continuação)
O sorteio realizado antes do Festival começar ditou que, depois das aldeias organizadoras, Aldeia Velha e Soito, entrassem em praça as equipas de: Ozendo, Forcalhos, Fóios, Aldeia do Bispo, Lageosa da Raia, Aldeia da Ponte e por fim Alfaiates. Havia dois forcões disponíveis na arena: o «Novo» (FN) e o «Velho» (FV). As lides tiveram o tempo de 10 minutos e a minha avaliação vai de (0) a (10). Para a seleção apresentada pela Ganaderia Zé Noi: (10), para o Público: (10), para a Organização: (9).
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ALDEIA VELHA
Os «azuis» de Aldeia Velha apresentaram-se confiantes na espera ao primeiro da tarde. O boi negro, imponente como todos os que se lhe seguiram, bateu forte no forcão ouvindo-se claramente o partir das galhas laterais. A vontade de rodar e contornar o forcão especialmente pelo lado esquerdo obrigou a um grande trabalho dos rabejadores. O boi sabia ao que vinha e «fez questão» de participar na festa.
À informação de que faltavam cinco minutos o forcão foi encostado para continuar a lide a pé. A vida não esteve fácil para a malta de Aldeia Velha com o boi cheio de força, velocidade e disponibilidade para investir e varrer a arena obrigando os seus «desafiadores» a encostar defensivamente ao redondel.
O tempo terminou com o boi mostrar forte presença sem deixar margem para ser agarrado. No final o grupo abraçou-se no centro da arena sob fortes aplausos das bancadas e em especial da sua claque.
(FV) (7).
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SOITO
Os «azuis claro» do Soito fizeram a espera a mais um imponente boi negro, cheior de raça, pintado de torino na parte de baixo da barriga. Bateu forte no forcão no centro da arena e ainda se divertiu a «afagar» o forcão suplente que estava encostado ao redondel.
A equipa da casa, animada pelas bancadas com constantes «E viva o Soito! E viva o Soito! Olé», encostou o forcão e entrou toda para o meio da arena para alucinantes desafios rodopiantes ao boi.
E no silêncio da lide (sem música) ouviou-se: «Agarrááááio!» Os do Soito avançaram, todos, e fizeram várias tentativas para agarrar o boi com o Tiago valente a agarrar o rabo do bicho. Inevitavelmente seguiram-se uma série de cambalhotas sem consequências. No final o grupo juntou-se todo no centro da arena felizes com a exibição. (FN) (9).
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Primeiro grande intervalo para tratar do «forcão velho» muito mal tratado na primeira lide.
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OZENDO
O terceiro da tarde tocou à equipa dos «verdes» do Ozendo. Saiu à arena mais um excelente exemplar da ganaderia do Zé Noi. De raça negra, porta altivo, bateu forte no forcão com calma sem grandes correrias.
Os rapazes do forcão bem se esforçaram mas o boi investia lento e pouco motivado. E assim a equipa do Ozendo não esperou pelo aviso dos cinco minutos e mais cedo arrumou o forcão passando ao desafio a pé iniciado com um bom recorte.
A malta percebeu que o boi não tinha vindo para colaborar na festa e, pouco a pouco, foram-se encostando ao forcão sendo poucos os que se aventuravam a ir ao centro da arena. O tempo foi passando mas a equipa do Ozendo não arriscou nada. No final o boi parecia gostar do ambiente e nem com a ajuda dos cabrestos queria sair da praça. (FN) (6).
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E mais um intervalo demasiado longo para voltar a compor o forcão e a regar a praça com duas mangueiras.
(Continua)
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José Carlos Lages
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