Viajando pela Argentina, tinha necessariamente de ir até Bragado. Foi lá que o meu avô materno viveu quatro anos, nos anos vinte do século passado, talvez os melhores da sua vida. Ganhou ali algum dinheiro numa altura em que este país devia ser o mais rico do continente americano. Falava-nos de Bragado como do paraíso perdido. Era uma terra de abundância, de riqueza, de folias e de muitas coisas que, certamente, não teve a coragem de nos contar.
