O nome Pousafoles deve estar relacionado com a fundição de metais explorados nas imediações. O Bispo da Guarda possuía aqui «casa de verão». Assim se explica o nome «Pousafoles do Bispo».


Joaquim Manuel Correia abordou a questão da origem do nome «Pousafoles»:
«O malogrado coreógrafo Pinho Leal diz a respeito de Pousafoles que o primitivo nome era Pisaflores e que a origem do nome foi devida ao costume de os moleiros costumarem pousar ali os foles ou ôdres de farinha. Não podemos dizer, sem receio de errar, qual fosse a origem do nome; mas podemos todavia asseverar que no concelho do Sabugal não se costuma deitar a farinha em ôdres ou foles, como se usa em várias terras do país e temos visto no distrito de Leiria. E a respeito de se ter chamado Pisaflores não achamos também muito plausível a opinião. Se eram foles não eram flores, e se era Pisaflores mal se compreende como a palavra se corrompesse em Pousafoles. (…)
Desta passagem do foral se vê, pois, que o limite tocava na ribeira de Pousafoles. Se quizéssemos devanear diríamos que a origem do nome derivou de em antigos tempos e a pequena distância serem exploradas minas, como se vê pela grande quantidade de escória, aproveitada para muros de propriedades e dali a necessidade de pousar os foles para derretimento ou pelo menos para aquecimento dos metais extraídos.» Consultável… [aqui]
O nome Pousafoles deve estar relacionado com a fundição de metais explorados nas imediações.
Mas porquê do Bispo?
Pois bem, sabemos que durante muitos séculos houve aqui a «casa de verão do Bispo da Guarda». É provável que também possuísse algumas propriedades. Assim se explica esta parte o nome!

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«Memórias de Sortelha», opinião de António Gonçalves
(Cronista/Opinador no Capeia Arraiana desde Janeiro de 2019)
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Obrigado, José Carlos Mendes.
É muito dificil compatibilizar a atividade profissional com este capricho.
Como se isto não bastasse, agora estou a trabalhar na Covilhã.
Haverá, seguramente, algumas intermitências!
Fazemos o que podemos!
Leio sempre os seus artigos. Parabéns pelo trabalho realizado.
Um grande abraço e um bom ano.
António Gonçalves
Parabéns, António. Muito claro e elucidativo – embora sem teorias exageradas. Também nem sequer isso é possível em situações deste tipo. Mas o António aponta-nos os vários caminhos… Em meu entender, bem mais simples, clara e óbvia é a origem do nome da minha aldeia (Casteleiro) e nem aí há unanimidade…
Por favor, não desista: continue a apontar-nos caminhos, por favor.
E obrigado pelo que nos vai trazendo, sempre bem assente em fontes seguras…
Um grande abraço de bom ano.
JCM