O Coliseu dos Recreios é o tema desta minha presente crónica onde resumo a história em poema desta icónica e centenária sala de espectáculos polivalente de Lisboa.

COLISEU DOS RECREIOS
havia em Lisboa um legítimo anseio
estava o século XIX a terminar
ter uma sala de espectáculos e recreio
com cariz marcadamente popular
numa associação improvável
quatro empresários decididos
tornaram o projeto viável
foram muito bem sucedidos
José Ciríaco era solicitador
António Macieira negociante
Pedro Monteiro era professor
João Ahneida comerciante
mas mais subscritores foram necessários
para aumentar o capital
entre os numerosos signatários
figurou D. Carlos Rei de Portugal
ergueram um anfiteatro imponente
com adereços encantadores
que acolhia de forma eficiente
mais de quatro mil espectadores
e ofereceram concertos musicais
óperas belas e inesquecíveis
companhias de circo sensacionais
tudo isto a preços acessíveis
o telhado de ferro, uma inovação
gerou enorme curiosidade
e levou à rua das portas de Santo Antão
grande parte do povo da cidade
alvo de obras de remodelação
este bonito Coliseu secular
continua a cumprir a função
de casa de espectáculos popular

Inaugurada a 14 de agosto de 1890 com uma opereta embora ainda não estivesse completamente acabado o Coliseu dos Recreios veio colmatar a falta de uma sala de espectáculos popular no centro de Lisboa.
Aos quatro empresários iniciais muitos se juntaram para perfazerem o capital necessário para erguer uma obra que hoje é imóvel de interesse Público.
O edifício foi inovador em Portugal devido à aposta no ferro através da sua cobertura espetacular
o Coliseu estabeleceu preços baixos e permitia que a população tivesse acesso às grandes óperas em alternativa a São Carlos mas também espectáculos musicais e às grandes companhias de circo.
A sala foi remodelada em 1992 mais de 100 anos depois da construção e hoje continua a ser em Lisboa uma sala de referência dos espectáculos.

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«Quiosque da Sorte», poesia de Luís Fernando Lopes
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