Hoje a minha crónica terá como figura principal o filósofo argelino, Albert Camus, vencedor do Prémio Nobel da Literatura em 1957.
Albert Camus* nasceu em 1913 em Mondovi, perto de Argel, morreu em 1960 num acidente de automóvel. Estudou na Universidade de Argel, onde escreveu obras teatrais para um grupo cénico fundado por ele. Em 1940 emigrou para Paris e aí passou a dirigir o jornal clandestino «Combat».
A sua amizade a Jean Paul Sartre levou outros filósofos a pensar que Camus estava associado ao «Pensamento Existencialista» mas não era verdade. A sua obra e a sua vida nada tinham a ver com os burgueses, ele vinha de uma família proletária , não andava em St. Germain de Prés, não passava as noites nas boîtes.
Tudo isto levou a que muitos lhe virassem a cara, mas mesmo assim ele lutou pela sua ideologia. Vejamos: «Sim, o grande acontecimento do século XX foi o abandono pelo movimento revolucionário dos valores de liberdade, o recuo progressivo do Socialismo de Liberdade, a partir desse momento desapareceu do mundo uma certa esperança e uma solidão teve início em cada homem livre.»
Nada queria com o marxismo estalinista.
A partir daqui há uma rotura com os marxistas, principalmente com Jean Paul Sartre. Também não acreditava em Deus e num dos seus livros,escreveu: «Você fala do Juízo Final, mas eu conheci algo pior que é o juízo dos homens.»
Era um Humanista, adorava a «Paz Interior».
:: :: :: :: ::
* Albert Camus foi um escritor, filósofo, romancista, dramaturgo, jornalista e ensaísta franco-argelino. Ele também atuou como jornalista militante envolvido na Resistência Francesa, situando-se próximo das correntes libertárias durante as batalhas morais no período pós-guerra.
:: ::
«Passeio pelo Côa», opinião de António Emídio
(Cronista/Opinador no Capeia Arraiana desde Junho de 2008)
:: ::
Leave a Reply