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Home  /  01 - Ficção • Breves Contos Militares • Capeia Arraiana (2024) • Opinião/Crónica/Ficção • Quadrazais  /  Contos breves de ataque a alvos militares com armas do futuro (4)
12 Janeiro 2024

Contos breves de ataque a alvos militares com armas do futuro (4)

Por Franklim Costa Braga
01 - Ficção, Breves Contos Militares, Capeia Arraiana (2024), Opinião/Crónica/Ficção, Quadrazais franklim costa braga Deixe Comentário

Novo porta-aviões ao fundo… (episódio 4)

Porta-aviões americano ao serviço da NATO

Havia já alguns anos que um porta-aviões americano, ao serviço da Nato, estava estacionado no Báltico, mesmo em frente da Rússia, num claro desafio a esta. Protegia, hipoteticamente, os países bálticos e a Polónia de uma hipotética invasão da Rússia, que nunca se deu. Aviões espiões Awacs dos diversos países da Nato revezavam-se nas fronteiras da Rússia, tentando captar sinais de armamentos na fronteira.

Qualquer avião russo que entrasse no Báltico, ainda que no espaço aéreo internacional, era logo seguido por uma esquadrilha de serviço de um dos países da Nato. A Rússia aguentava pacientemente esta afronta. Se o mesmo acontecesse nas fronteiras da América, esta toleraria a afronta de terceiros? Seguro que não. Ela inventaria razões para deitar abaixo aviões que seguissem os movimentos dos seus e afundaria qualquer navio que se postasse em frente às suas fronteiras, ainda que em águas internacionais. É assim a reacção dos poderosos imperialistas, sabendo-se possuidores de armas de que os outros não podem defender-se, e criticando quem as tem ao mínimo sinal de as poderem usar. Mas, até hoje, só os americanos usaram bombas atómicas sobre o Japão.

Este insulto à Rússia foi visto pelo Moisés como um insulto a toda a Humanidade por parte dum país todo-poderoso sem respeito pelos direitos dos outros e sempre a inventar maneiras de provocar guerras contra terceiros menos defendidos.

Lembrou-se o Moisés se seria possível fazer o que o seu homónimo bíblico havia feito no Mar Vermelho, separando as águas deste para passarem os judeus e fechando-as de seguida, engolindo os egípcios que perseguiam aqueles. É certo que Moisés agira por mando do Deus de Israel. Mas o fenómeno de fazer acumular as águas dum e doutro lado duma passagem era um fenómeno físico que poderia ser repetido, mesmo sem milagre de Deus. Bastaria conhecer as leis que o regiam para ser possível repeti-lo. O Moisés passou noites em claro a matutar no assunto. Tanto matutou que conseguiu perceber as leis da Física que o permitiam.

Começou por fazer experiências numa bacia com água…

– Uahu! Consegui.

Fez nova experiência num pequeno tanque junto da sua casa, já com mais água. E conseguiu de novo. Até anotou os minutos em que as águas se mantiveram separadas, embora não tenha ficado seguro se foram elas que se fecharam por si ou por qualquer movimento feito por ele.

Tinha de fazer a experiência em águas correntes. Pensou em ir fazê-la no Côa, junto da sua aldeia. Mas não queria que alguém visse. Num cair de tarde dirigiu-se ao Lameirão da Ribeira, onde já não lavavam roupa e já não passava gente para o munho da Bajé Pecada, atravessou o Cornelho a vau e, escondido pelos amieiros que haviam crescido no Cornelho, fez a experiência nas águas onde outrora nadara.

– Abri-vos, águas do Côa! – gritou.

E as águas abriram-se, encavalitando-se de uma e outra margem para ele passar. Regressou ao Cornelho sem que as águas se fechassem. Aguardou uns minutos e elas não se fechavam. Até que pronunciou as palavras mágicas.

– Fechem-se, águas do Côa!

E as duas margens uniram-se provocando um ruído de ondas alterosas do mar.

Não havia dúvidas. Ele poderia repetir o fenómeno de Moisés. A teimosia dos Americanos em perseguir os outros povos iria sofrer um grave revés.

Informou-se na internet do lugar exacto onde estava fundeado o porta-aviões no Báltico. Tomou um avião para Varsóvia e seguiu de comboio para a orla marítima, com a sua varinha mágica a acompanhá-lo. Uma vez chegado aí, avistou ao largo o porta-aviões americano. Esperou pelo cair da tarde. As luzes do porta-aviões começaram a acender-se e em breve se assemelhara a uma autêntica cidade iluminada de noite. Chegara a hora. O porta-aviões estava postado no sentido paralelo à praia. Teria de encapelar as águas até um pouco antes da ré e depois abrir caminho em ângulo recto paralelo ao navio para a direita, mas a uns cinquenta metros deste para não ser perceptível do convés daquele.

– Abram-se as águas do Báltico! – gritou.

E as águas iam-se abrindo à medida que ele avançava pelo caminho aberto, cheio de pedras e de montes de sucata e plásticos aí lançados pelos humanos, alumiado por uma lanterna de bolso. Avançou cerca de um quilómetro e virou à direita, sempre com as águas a abrirem-se e a acumularem-se duma e doutra banda. Chegou a ver vultos de militares no convés e às janelas. Certamente que notaram a altura das águas, mas devem ter pensado que alguma tempestade se aproximava com ondulação forte e recolheram aos seus quartos.

O Moisés regressou por esse caminho à direita, aberto em ângulo recto. Já na margem, pronunciou as palavras mágicas:

– Fechem-se, águas do Báltico!

Ouviu-se um enorme estrondo das ondas alterosas a cair nos baixios do mar, qual bater de fortes ondas nos rochedos em dia de tempestade. O porta-aviões foi arrastado de lado para o abismo que se fechava. Tudo aconteceu em poucos minutos. O navio foi engolido. Ainda se ouviram uns gritos, abafados de imediato pelo ruído do mar. Era uma vez um porta-aviões, transformado em submarino!

Admiraram-se os marinheiros dos contra-torpedeiros que escoltavam o porta-aviões em não o avistarem na manhã seguinte.

– Para onde terá ido sem avisar? – perguntavam-se. Será que foi levado pela forte corrente que se fez sentir ontem à noitinha? Como poderão ter-se partido todas as suas fortes amarras? Mais pequenos e com menos amarras são os nossos navios e aguentaram!

Tentaram comunicar com o porta-aviões e não conseguiram estabelecer ligação. Um forte ruído era tudo o que captavam.

Após muitas tentativas em vão, contactaram o comando em terra. A resposta do comando foi que nada sabia do desvio. Iriam tentar contactá-lo. Tentaram com todos os aparelhos modernos e nada. Usaram o velhinho morse e não tiveram resposta. Aproximaram-se da praia e avançaram mar adentro num pequeno barco de borracha. Nada avistaram. Até que se lembraram de usar o sonar. Este captou sinais do porta-aviões no fundo do mar. Deram conhecimento do facto para terra.

– Como pode ter-se afundado o porta-aviões? – clamavam – Não pode ser. Teremos de sobrevoar a zona munidos de sonares sensíveis.

E assim fizeram. Sobrevoaram largos quilómetros mar adentro em sensíveis Awacs e do porta-aviões nenhuns sinais. Regressaram ao local onde estivera fundeado o porta-aviões, ligaram os sensíveis aparelhos e detectaram sinais do mesmo no fundo do mar. Não havia dúvidas. O Nimitz tinha-se afundado.

Regressaram a terra, ao posto de comando. Deram o alerta ao comandante da Nato que, de imediato, enviou navios salvadores para o local. Mergulharam alguns peritos da marinha, viram o barco no fundo e fotografaram-no. Mas não detectaram qualquer sinal de vida. Regressaram à superfície. Os comandantes viram atónitos as fotografias.

– Não há hipótese de encontrarmos um só dos cerca de 2.500 militares do porta-aviões com vida. Teremos de tentar resgatar os corpos.

Reuniram umas dezenas de experimentados mergulhadores que desceram até às profundezas, apetrechados de material capaz de abrir portas e libertar os mortos. Conseguiram abrir algumas e alguns corpos foram arrastados para o mar. Entraram no navio e abriram portas de apartamentos. Um a um iam saindo corpos em direcção ao mar. Levaram dias até libertarem todos os corpos. Mais dias passaram até recolherem todos os que haviam subido à superfície.

Inspeccionaram todo o casco do navio e outras partes deste e nem um rombo detectaram. O porta-aviões estava intacto.

– Que terá acontecido? Se não há um rombo, a água não poderia ter entrado para se afundar. Só pode ser obra dos russos.

– Como poderiam os russos afundá-lo? Só com algum torpedo ou bombas. Mas isso provocaria rombos – explicavam outros superiores.

– É verdade! Não tinham hipótese de colocar o navio no fundo do mar sem provocar rombos. Mistério insondável!

O Comando da Nato, em comunicação com o Pentágono, discutiu a possibilidade de substituir o porta-aviões afundado por outro. Mas não chegaram a acordo. Uns diziam que havia que castigar os russos, certamente culpados de tudo o acontecido, embora não tivessem provas. Outros achavam melhor aguardar uns tempos até um provável esclarecimento dos motivos do sucedido. Prevaleceu esta tese. Já era a segunda vez que perdiam um porta-aviões. Valeria a pena arriscar mais um?

Nato e Pentágono ficaram enraivecidos por tamanho desastre. O povo americano chorava os seus mortos e manifestava-se em grandes multidões frente ao Pentágono, culpando-o pelas mortes de seus filhos e exigiam em cartazes que acabassem com a Nato e não fosse mais nenhum militar americano para a Europa.

Os russos, sem saberem também eles explicar o sucedido, davam graças a Deus por os ter livrado dos impertinentes americanos que os ameaçavam tão perto das suas fronteiras.

O Moisés, acabado o seu trabalho, regressou nessa mesma noite a Varsóvia num comboio, onde tomaria um avião na manhã seguinte para Lisboa. Nem se demorou aqui. Em Santa Apolónia apanhou um comboio para a sua terra.

Passaram-se anos. Os americanos continuavam com a Nato mas afastaram-se das fronteiras russas. As animosidades haviam acalmado. O mistério continuava sem ser desvendado.

Em determinada altura foi necessário reparar a barragem da Senhora da Graça no Côa. Era preciso trabalhar uns dias nas fundações. Para tal era preciso esvaziar a barragem em pleno Verão. A Câmara Municipal avisou todas as terras do concelho que iriam passar pelo menos um mês sem abastecimento de água da barragem. Houve manifestações de desagrado por parte das populações. Que iriam agora beber? Como regar os campos em pleno Verão?

Soube o Moisés, já entradote, desse aviso. Lembrou-se de evitar tal sequia e propôs à Câmara resolver o problema, sem esvaziar a barragem.

– Como vais tu fazer tal reparação?
– Eu não faço a reparação. Digam-me só em que dia querem iniciar os trabalhos. Eu estarei no local para colocar em seco todos os trabalhadores.

Ficaram desconfiados e incrédulos os da Câmara. Mas, perante a forma convicta como o Moisés falava, resolveram arriscar, não sem antes lhe rogarem pela pele em caso de os enganar. Marcaram o início dos trabalhos para a segunda-feira seguinte.

– Combinado!

No dia acordado, o Moisés foi muito cedo para junto da barragem e com as suas palavras mágicas afastou as águas uns dez metros do paredão e foi lá para baixo. Chegaram os trabalhadores e seus chefes. Ficaram atónitos ao ver as águas afastadas do paredão e acastelarem-se atrás.

– Que é feito do Moisés?
– Desçam rapazes. Estou à vossa espera.

Não havia quem os fizesse descer, com medo que as águas avançassem. Teve o Moisés de vir cá acima e convencê-los a descer com ele. Vieram as máquinas e os engenheiros e, embora receosos, começaram os trabalhos. Não permitiram que o Moisés os abandonasse, com medo que as águas caíssem sobre eles. O Moisés concordou e ficou junto deles dia e noite, comendo com eles e dormindo no local num simples saco-cama colocado sobre palha.

Demoraram 25 dias os trabalhos. Assim que todos subiram, o Moisés discretamente pronunciou as palavras mágicas e as águas avançaram contra o paredão. Como a distância até este era curta, o choque não provocou estragos. Os trabalhadores ficaram novamente atónitos ao verem as águas retomarem o seu lugar.

– Ainda bem que saímos a tempo!

Nem pensaram que havia sido obra do Moisés.

A Câmara festejou com foguetes o término das obras e agradeceu vivamente em público ao Moisés, o grande herói. Resolveram gratificar o Moisés com metade do valor que teriam de desembolsar caso tivessem de esvaziar a barragem, desviar as águas correntes e tornar a enchê-la. O Moisés recebeu um justo prémio, cujo valor deu para passar o resto da sua vida e ainda deixar parte aos filhos. As populações do concelho agradeceram-lhe com grandes louvores o ter feito com que não deixassem de ter água no Verão.

Só passados dias começaram a magicar no feito do Moisés e a perguntarem-se.

– Que diabo terá ele feito? Pacto com Deus ou com o diabo?

Uns adoravam-no. Outros receavam-no e evitavam-no. Na sua terra evitavam-no, desconfiados.

– Ninguém é profeta na sua terra! – lamentava-se ele – Fiz o bem e perdi os amigos.

Até a própria família o olhava de soslaio, sem conhecer os seus poderes. Ele fora discreto e nada contara aos seus. O segredo era só dele e com ele haveria de morrer.

A notícia espalhou-se por todo o Portugal e vizinha Espanha. Jornais e televisões só falavam no mistério do Moisés. Tentaram marcar entrevistas com ele, na mira de descobrirem o mistério. Em vão. O segredo era só para o Moisés. Não precisava de publicidade.

Chegou o facto aos ouvidos dos americanos.

– Terá sido aquele gajo que nos meteu o porta-aviões no fundo do mar?

Vieram a Portugal falar com ele. Mas ele evitou-os. Indagaram sobre possível viagem do Moisés à Polónia. Descobriram o duplicado dos bilhetes de avião e de comboio nos arquivos. Não havia dúvidas para eles que o Moisés tinha a ver com o naufrágio.

– Perdoamos-te o que fizeste e vens connosco para a América ensinar nas nossas universidades como fazer o que fizeste.

– Não tenho medo de vocês e, por isso, não preciso do vosso perdão. O segredo não o ensino a ninguém e muito menos a americanos que iriam aproveitar-se dele para oprimir mais os povos.

Os americanos encaixaram a lição. O Moisés pouco mais tempo viveu, levando para a cova o seu segredo que poderia ser útil a alguns mas poderia ser aproveitado para o mal por outros.

A Câmara do Sabugal colocou uma placa na barragem a homenagear a ajuda do Moisés.

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«Breves Contos Militares», por Franklim Costa Braga
(Cronista/Opinador no Capeia Arraiana desde Maio de 2014)

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Franklim Costa Braga

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