O corredor ferroviário atlântico para pessoas e mercadorias, Porto-Aveiro-Viseu-Guarda-Salamanca, reuniu esta semana, representantes de vários municípios na cidade espanhola da província raiana da comunidade autónoma de Castela e Leão.


O presidente da Câmara Municipal da Guarda, Sérgio Costa, participou no dia 9 de janeiro, na cidade de Salamanca (Espanha) no «Encuentro para el Impulso del Transporte Ferroviario del Corredor Atlántico». A iniciativa, promovida pelo Ayuntamiento de Salamanca, juntou à mesma mesa vários municípios na defesa da construção de uma nova ligação ferroviária entre Porto, Aveiro e Salamanca, com passagem por Viseu e Guarda.
Porto-Aveiro-Viseu-Guarda-Vilar Formoso-Salamanca assume-se como o corredor atlântico por excelência para a circulação de pessoas e mercadorias. No caso da Guarda, o autarca referiu a importância desta ligação para o futuro da região e do Porto Seco da Guarda, agora em fase de instalação.
Na declaração conjunta divulgada no final do encontro dos presidentes e alcaldes ibéricos surgem como objetivos conjuntos:
– Fortalecer a competitividade das linhas existentes através da otimização dos traçados e da eletrificação integral da rede; e,
– Melhorar a interoperabilidade das infraestruturas ferroviárias para conseguir uma circulação fluida e regular de comboios entre Portugal e Espanha.
«A aceleração desta conexão transfronteiriça, sem excluir outras possíveis, irá facilitar, em simultâneo, um transporte eficiente de passageiros em comboios de alta velocidade e um fluxo ágil de mercadorias, gerando novas oportunidades empresariais e maiores possibilidades de fixar a população», pode ler-se no documento final da reunião.
Os responsáveis dos municípios reunidos neste encontro defendem que a ligação ferroviária deste Corredor Atlântico trará aos territórios «desenvolvimento económico, social e ambiental». O documento deixa ainda um apelo aos governos dos dois países para:
1. Impulsionar a via de conexão do Corredor Atlântico no troço ibérico (Porto-Aveiro-Salamanca) e a sua ligação com Madrid, por forma a facilitar uma mobilidade eficiente de passageiros e mercadorias por transporte ferroviário entre Espanha e Portugal.
2. Garantir a implementação de comboios de alta velocidade nesta conexão ferroviária que permita o desenvolvimento económico regional e gere oportunidades para novas iniciativas empresariais que favoreçam umas perspetivas de futuro renovadas para atrair e fixar a população.
3. Avançar neste projeto decisivo que beneficiará, não apenas as nossas empresas, mas também o desenvolvimento sustentável e a prosperidade partilhada dos nossos territórios.»
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José Carlos Lages (com Comunicação da CM Guarda)
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