Hoje, trago a transcrição de uma pequena resenha de produtos da medicina popular da minha terra. Estas linhas foram publicadas em 2009 no meu blog «LisboaLisboa2» e lá se mantêm… Leia, que vai gostar, como eu adoro escrever sobre estas coisas…

A sabedoria da «medicina» popular
Hoje, quando estamos doentes, é fácil: médico, farmácia, químicos e, se tudo correr bem, em dois tempos fica tudo como novo. Dantes não era assim. Dantes, não havia os actuais produtos farmacêuticos, como imaginam. Por isso, o Povo teve de se socorrer ao longo dos séculos de ervas e produtos da terra para minorar os efeitos das doenças. Mas houve doenças em que não havia solução: tantas pessoas morreram antes de se descobrir a penicilina ou as vacinas…
No entanto, a sabedoria popular resolveu muita coisa. Um médico português do século XVII escreveu um livro com as mezinhas populares e ajudou a divulgar os seus benefícios.
Vamos então a duas ou três mezinhas simples que eram muito usadas no Casteleiro…
Infecções graves por golpes profundos
Lavagem com borato (de sódio) – um pó branco como o bicarbonato, diz a minha fonte – e depois punha-se mel como se fosse uma pomada.
Dores de intestinos e dores menstruais
Chá de malvas e bredos mercuriais. Parece erva cidreira e dá-se nas paredes. Tinha muitíssima fama há 50 anos.
Constipações e dores de garganta
Chá de sabugueiro misturado com leite. Era difícil de tomar. Tinha um sabor esquisito, diz a minha mãe.
Ou então, aguardente queimada, mel e chá de alecrim.
E, não. Tirem daí o sentido: ao contrário do que eu queria escrever, há três ervas que não servem para nada de útil nesta campo: nem os cocilhos, nem urtigas, nem as azedas. Se não sabe do que se trata, pergunte aos mais velhos.
Boa dia, boa tarde, boa noite. Gozem a vida moderna.
Obrigado por me ler! Até para a semana, à mesma hora, no mesmo local!
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«A Minha Aldeia», crónica de José Carlos Mendes
(Cronista/Opinador no Capeia Arraiana desde Janeiro de 2011)
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