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Home  /  .Crónica • A Minha Aldeia • Capeia Arraiana (2023) • Casteleiro • Tradições  /  Casteleiro – as crónicas sobre a aldeia (62)
11 Dezembro 2023

Casteleiro – as crónicas sobre a aldeia (62)

Por José Carlos Mendes
.Crónica, A Minha Aldeia, Capeia Arraiana (2023), Casteleiro, Tradições josé carlos mendes, quinta de santo amaro Deixe Comentário

Mais uma sempre recordada historieta dos bons velhos tempos da minha aldeia, neste caso, do dono da Quinta de Santo Amaro: «O Morgado». Publiquei esta quase-anedota pela primeira vez no meu antigo blog «LisboaLisboa» em 2006. Vale sempre a pena recordar e… tem muita piada.

A Quinta de Santo Amaro, sede do Morgadio

Os baldios e os foros – terá sido dessa realidade do final da foros do final da Monarquia que terá nascido o Morgadio de Santo Amaro. O Morgado era muito respeitado. Mas vamos à história de hoje:

O Morgado de Santo Amaro

«Aqui me ladram, além me mordem»

Uma aventura europeia no princípio do século (XX)

O Morgado de Santo Amaro chamava-se José de Carvalho e Mello. Isso mesmo consta do seu mausoléu no cemitério da aldeia. Seria licenciado em Direito. Pelo menos chamavam-lhe «o Doutor de Santo Amaro»… Mas, como se sabe, naquela época, bastava ter ido a Coimbra para se ser «Dr.»… Estou mesmo convencido de que nunca terá acabado o curso.

Era «morgado», dono de um morgadio – que, como julgo saber, resultou da apropriação de baldios que havia por aquelas serranias e por aquelas baixas. As terras deste Morgado eram, aliás, das mais férteis: estendiam-se (estendem-se: hoje foram esquartejadas em quatro parcelas, todas grandes) ao longo de linhas de água poderosas que fazem delas verdadeiros manás. São terras ricas para todo o tipo de agricultura e fruticultura.

Mas era sobre o homem que queria escrever.

Foi dos primeiros portugueses a ter carro. A sua carta foi a primeira a ser passada pelo Automóvel Clube de Portugal – que era quem na época atribuía a carta de condução. Está escrito que a carta do Dr. Carvalho e Mello é a carta n.º 1 de Portugal. Espero que esta informação seja fiável.

Está escrito também que ele fez a primeira viagem Portugal-Paris em automóvel, em 1905.

Mas conta-se sobre ele uma história do diabo.

Arrancou um dia à aventura e foi andando à medida da velocidade que o carro dava, por esses países fora. Quando eu era pequeno, esta parte da história parecia um conto de fadas. Parecia que o homem viajava assim qualquer coisa como até à Índia ou coisa do género, sempre de carro.

À medida que fui crescendo, fui percebendo que a viagem não era assim tão grande: Portugal, Espanha, França, Bélgica (só uns quilómetros como adiante se vai já ver). Mesmo levando em linha de conta que estamos em 1915/20 e que os carros andavam devagarinho.

Pois bem. Chegou à Bélgica. Até ali, tudo bem. Falava-se espanhol, depois francês e isso, ele entendia. Mas depois (sei eu hoje que na Bélgica falam-se duas línguas: o francês, na parte mais próxima da França, e o flamengo na Flandres).

Terá sido aí, ao entrar na zona flamenga da Bélgica, que o caso se deu. Ou seja: o Dr. Mello, o Morgado de Santo Amaro, dizia com muita piada aos amigos a quem contava a história:

– Quando cheguei a certo sítio, deixei de os perceber. E aí pensei: Vou-me mas é embora. Aqui me ladram, além me mordem…

E fugiu a sete pés… Era assim, este homem do início do século XX.

Verdade? Mentira? O que é facto é que o Morgado de Santo Amaro era muito viajado. E, de facto, corria muito para aquelas bandas. Aliás, por lá casou.

De facto, numa dessas deslocações ter-se-á apaixonado por uma belga. Casaram em Bruxelas com essa cidadã belga e dela teve um filho. Mas ela nunca se deu em Portugal e o filho parece que também não. Só veio à terra no dia da morte do pai e por poucas horas. Quem herdou aquilo tudo foi um sobrinho, o eng.º Luís (ninguém o trata por mais nome nenhum: Luís. E basta!)…

:: ::
«A Minha Aldeia», crónica de José Carlos Mendes
(Cronista/Opinador no Capeia Arraiana desde Janeiro de 2011)

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