A empresa de camionagem «Viúva Monteiro» com sede no Sabugal concretizou a encomenda de oito novas viaturas para renovar a sua frota de autocarros. O investimento de mais de 2.5 milhões de euros vai permitir aumentar a oferta, garantir mais conforto, mais segurança e cumprir as exigentes normas de redução de emissões. Em declarações ao Capeia Arraiana a administradora Ana Luísa Monteiro deu a conhecer os novos serviços que vão arrancar no final do mês de Novembro e deixou a certeza que o futuro da empresa de referência do concelho do Sabugal e da Beira Alta está a ser preparado.
A empresa de camionagem sabugalense «Viúva Monteiro» divulgou nas suas redes sociais um avultado investimento no valor de mais de 2.5 milhões de euros em oito novos autocarros da marca Scania.
Em declarações ao Capeia Arraiana a administradora Ana Luísa Monteiro confirmou o investimento como fazendo parte da estratégia de expansão da empresa para os próximos anos.
«A partir de 30 de Novembro vamos ter diretos diários de ida e volta a Lisboa com passagem e paragem na Covilhã e Castelo Branco. O novo percurso faz parte da parceria que integra a nossa empresa na rede nacional de expressos e vai permitir uma oferta de maior qualidade entre o Sabugal e Lisboa» esclareceu a administradora acrescentando ainda que «vão ser retomadas as ligações não diárias entre o Sabugal e Coimbra».
A «Viúva Monteiro» tem actualmente uma frota de 45 viaturas e está em processo de recrutamente de motoristas profissionais para integrar os quadros da empresa.
Aproveitamos para replicar a nota informativa da empresa nas redes sociais:
«É com muito orgulho que a Viúva Monteiro & Irmão, Lda investe mais de 2.5 milhões de euros na aquisição de 8 novos autocarros, para renovação da frota. Esta aquisição faz parte do plano de expansão da empresa para os próximos anos.
Os novos autocarros destinam-se a dar resposta ao aumento da procura e a novos projectos que a Viúva Monteiro terá brevemente.
Este investimento na frota garante um maior bem-estar dos nossos motoristas e dos nossos passageiros em termos de conforto e de segurança, mas também a a redução dos custos de operação bem como a redução das emissões (os autocarros estão equipados com motorização que cumpre a norma de emissões Euro VI Step E, a mais exigente actualmente).
Fruto da resiliência e do trabalho consistente por parte de todos os colaboradores da empresa, esta renovação da frota vai possibilitar a prestação de um melhor serviço aos clientes por parte da Viúva Monteiro E Irmão, Lda.
Porque só em equipa é que faz sentido, porque suportámos os últimos anos juntos e com forte resiliência depois de uma pandemia, a Viúva Monteiro agradece a todos os colaboradores o empenho e dedicação e é com orgulho que faz este investimento para benefício de todos.»
A história da «Viúva» mistura-se, desde 1920, com a do concelho do Sabugal quando dois irmãos, Virgílio e Joaquim Monteiro, fundam a «Monteiro e Irmão», como empresa de transporte de mercadorias. Com o falecimento de Joaquim Monteiro, a sua esposa Maria Emília, resolve alterar o nome da empresa que passa a ser conhecida como «Viúva Monteiro e Irmão». Mais recentemente a empresa adoptou o nome «Viúva Monteiro» apostando na diferenciação e inovação.
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Nota de rodapé
«E quantos não se recordam dos seus e da sua casa, no Sabugal ou nos arredores, sempre que avistam um dos nossos autocarros? Também somos por isso mensageiros de emoções e afectos.»
Assim se descreve a empresa centenária e, de facto, crescemos todos a ter como referência as carreiras da «Viúva Monteiro & Irmão». Avistá-las em qualquer ponto do país é, de facto, motivo de imediata e emotiva ligação ao concelho do Sabugal.
Recordo a emoção com que fazia a viagem no «Beira Alta» e esperava com ansiedade na Cerdeira a ligação à «carreira da Viúva» muito embora naqueles tempos fosse «normal» o comboio chegar com algumas horas de atraso e… ter de apanhar o táxi que levava no mesmo «frete» clientes para várias aldeias. Invariavelmente, como ia até Ruivós, ficava para o fim e assim sendo a minha viagem desde Lisboa durava sempre mais de 12 horas.
Outras vezes ainda lá estava a carreira da «Viúva» à espera. Como as bagagens eram muitas recordo que o «senhor cobrador» subia pela escada exterior para colocar a bagagem por cima do tejadilho. A paragem era no comércio da Rapoula onde me esperavam os meus primos para depois subirmos, de burro, pelo estrada do cabeça da senhora das Preces até à Ruvina e depois pelo caminho de terra batida até Ruivós.
Outros tempos que recordo como a minha eterna necessidade de (re)voltar às minhas origens.
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José Carlos Lages
Recordo com saudade os autocarros da Viúva Monteiro que eu apanhava cada vez que queria ir dos Foios para a Guarda para frequentar o Liceu e da Guarda para os Foios para passar férias. Uma alegria aquelas ‘camionetas da carreira’ cheias de jovens no princípio e no fim do trimestre, ver as pessoas à espera pela paragem da carreira com os burros para levar as malas. Masi tarde, quando na Faculdade em Lisboa algumas vezes fui também em autocarros directos, e quando não havia estes ia sempre neles até ao Barracão apanhar o comboio e vice-versa. Saúdo este reviver, esta nova vida, da empresa centenária.