Faz hoje, 1 de novembro, 286 anos que Lisboa foi arrasada por um terramoto de enormes proporções. Evoco hoje esta data lamentando os que pereceram mas também glorificando aqueles que foram capazes de reerguer a cidade.
A colossal catástrofe natural que arrasou Lisboa em 1755 foi profundamente devastadora. Embora o sismo tivesse um efeito destruidor nomeadamente no sul do país e em Espanha e Marrocos ele ficou conhecido como o terramoto de Lisboa devido à grande importância da cidade na época e à devastação que provocou na capital.
Calcula-se hoje que o sismo terá tido uma magnitude entre 8 e 9 na escala de Richter , e que terá formado uma onda de cerca de entre os dez e os vinte metros de altura tudo isto somado aos grandes incêndios que lavraram nos dias seguintes terá originado um número de mortos que se estima entre os dez mil e os trinta mil .
Também no âmbito da cultura o sismo foi devastador pois com a derrocada de edifícios nomeadamente do Paço Real e muitas igrejas palácios e bibliotecas perderam-se inúmeras obras de arte e livros em particular os arquivos das viagens marítimas.
Claro que os números são por vezes díspares mas aquele dia de Todos os Santos foi decerto o dia de uma grande tragédia.
Não cabe nesta crónica abordar a reconstrução épica da cidade mas deixo uma palavra de enaltecimento a todos os que participaram nessa obra que teve o rosto do Marquês de Pombal como figura maior da epopeia.
TERRAMOTO DE 1755
regista o nosso redondo planeta
tragédias em todos os cantos
recordo a de uma manhã lisboeta
num dia de Todos os Santos
tremeu a Terra por largos minutos
semeando o terror generalizado
dois ou três abalos ininterruptos
deixaram o povo atemorizado
desmoronou a urbe por metade
o fogo consumiu o restante
logo depois o mar invadiu a cidade
deixando um cenário horripilante
incêndios de grandes proporções
lavraram nos dias imediatos
foram enormes as aflições
espelhadas nos relatos
Na época Lisboa era uma capital
extremamente prestigiada
o que tornou a tragédia global
e por todo o mundo chorada
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«Quiosque da Sorte», poesia de Luís Fernando Lopes
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Sempre prestigiante as tuas palavras de amor por uma cidade que é nossa. Parabéns meu amigo.