No actual momento histórico que atravessamos, quis escrever sobre um Judeu nascido na Áustria. Martin Buber foi sempre a favor da coexistência entre Árabes e Judeus. Fugiu às perseguições nazis e refugiou-se na Palestina em 1938.
A sua família de origem judia procedia da Polónia. Martin Buber, entre 1896 e 1900 estudou filosofia na Universidade de Viena, entre outras, foi então nomeado director do jornal sionista «O Mundo» e em 1916 fundou a revista «O Judeu». Foi também professor de Filosofia Religiosa e Ética Hebraica na Universidade de Frankfort. Como muitos judeus, abandonou com a família a Alemanha em 1938 e foi para a Palestina onde deu aulas na Universidade Hebraica de Jerusalém.
No tempo em que esteve na Palestina, até à sua morte, contribuiu para o movimento Kibutz, e lutou pela amizade entre Judeus e Árabes mas insurgiu-se ao mesmo tempo contra a reviravolta nacionalista e expansionista que seguiu a política israelita.
Foi também partidário de um Estado Binacional, ou seja .Árabe-Judeu. Não aceitou a fundação em 1948 do Estado Independente de Israel porque, dizia ele, que assim Israel cairia no síndrome nacionalista dos alemães. E caiu infelizmente, digo eu.
A filosofia de Buber foi uma união entre o indivíduo e a sociedade. É uma filosofia intersubjetiva, vejamos: «Toda a vida verdadeira é encontro» ou «O Homem é o Eu através de ti». Da mesma maneira «O espírito não está no Eu, senão entre o Eu e o Tu».
A fé religiosa está presente em toda a sua obra.
:: ::
«Passeio pelo Côa», opinião de António Emídio
(Cronista/Opinador no Capeia Arraiana desde Junho de 2008)
:: ::
Leave a Reply