Considero que não está em causa a Democracia. O que está em causa é uma má orientação política e uma grande injustiça social. É impensável que no Portugal de Abril ainda haja cidadãos a viver na pobreza, e não são poucos! Vi em canais de televisão, mães portuguesas a sofrer, vendo os seus filhos sem médico para os atender… Portugal neste momento é um país do Terceiro Mundo.
Aviso querido(a) leitor(a) que não vou escrever sobre burocracia, nem dos meandros da Saúde e da Educação. Temos de saber onde e como vivemos. Em primeiro lugar, vivemos numa Democracia participativa, sem dúvida, mas isto não é mais nem menos do que uma Democracia capitalista, e como tal existe uma grande injustiça social. De facto, nós, Povo temos a liberdade de votar de tempos a tempos, mas isto não quer dizer que possamos mudar radicalmente a Democracia.
Disse Hegel: «Quando se fala de Liberdade é preciso ter cuidado não se esteja falando de interesses privados.» Será que os partidos políticos conseguem autofinanciar-se com as quotas dos militantes? Claro que não! Uma parte (a maior) vem dos capitalistas e a outra do erário público e assim vão pagando as eleições.
É necessária uma mudança dentro da organização dos partidos. O Povo está a afastar-se cada vez mais da política, nela vê uma élite de políticos profissionais que vão fazendo pela vida com muitas mentiras, demagogia e retórica barata.
Que fazer para modificar tudo isto? Mais Ética e Humanismo.
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«Passeio pelo Côa», opinião de António Emídio
(Cronista/Opinador no Capeia Arraiana desde Junho de 2008)
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