
Todos aqui no «Capeia Arraiana» pudemos ter o privilégio de privar de perto com Mestre Jesué Pinharanda Gomes. Este nosso destacado colaborador faleceu a 27 de Julho de 2019 na freguesia de Santo António dos Cavaleiros, no concelho de Loures. Tinha 80 anos. Hoje é tempo de uma homenagem mais do que merecida a este ilustre intelectual do nosso Concelho. O pensador e filósofo sabugalense nasceu em Quadrazais a 16 de Julho de 1939.
:: :: :: :: ::
Pensador, filósofo, ensaista, escritor, historiador, investigador e autodidata por opção é autor de dezenas de livros.
Membro da Academia Luso-Brasileira de Letras, da Academia Internacional da Cultura Portuguesa, da Academia Portuguesa de História e Doutor Honoris Causa pela UBI-Universidade da Beira Interior, da Covilhã.
Um dos expoentes máximos da cultura do Sabugal e um dos maiores a nível nacional.
:: :: :: :: ::
Comendador da Ordem de Sant’Iago da Espada a título póstumo (Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República)
Medalha de Ouro da Câmara Municipal do Sabugal (executivo presidido por António Robalo)
Doutor Honoris Causa (UBI-Universidade da Beira Interior)
Personalidade do Ano 2019 a título póstumo (Capeia Arraiana)
:: :: :: :: ::

:: :: :: :: ::
Pinharanda Gomes assinou duas rubricas diferentes no Capeia Arraiana
O Capeia Arraiana tem o privilégio de possuir no seu arquivo digital (eterno) centenas de crónicas assinadas por Pinharanda Gomes. Assim:
– «Carta Dominical», entre Junho de 2011 e Setembro de 2018… [aqui]
– «Gente Nossa…», entre Junho de 2013 e Novembro de 2013… [aqui]
Todos os artigos e crónicas podem ser lidas… [aqui]

Infância difícil
Pinharanda Gomes descreve deste modo a sua infância:
«Eu nasci em 1939, mas saí de Quadrazais em 1950, com 11 anos feitos, porque depois vivi na Guarda, vindo a Quadrazais apenas esporadicamente. A minha tia, em cuja casa fiquei alojado na Guarda, não queria que eu voltasse a Quadrazais e fosse subtraído à sua tutela.
Assim, a minha vida na aldeia foi muito breve e numa idade em que não tive tempo para me aperceber de muitas coisas. Porém estive lá o tempo suficiente para me aperceber que a vida não era fácil. E ser criança em Quadrazais era particularmente difícil. Eram tempos de miséria e de grande provação.»

Centro de Estudos Jesué Pinharanda Gomes no Sabugal
«Inaugurado no dia 9 de junho de 2012, o importante espaço cultural conta com o vasto espólio bibliográfico (cerca de cinco mil livros) de Pinharanda Gomes, bem como de todo um conjunto de medalhas, condecorações, distinções, ofertas, entre outros pertences, que o escritor fez questão de doar ao Município do Sabugal.
O Centro de Estudos coloca à disposição, do público e dos investigadores, condições privilegiadas ao conhecimento e investigação da obra e do autor, mas também da Filosofia, História e Antropologia, entre outras áreas de estudo.
Nascido em 1939, em Quadrazais, Jesué Pinharanda Gomes é ensaísta, pensador, escritor, filósofo, historiador e investigador, autodidata por opção, e autor de um vasto elenco de obras, sendo ele um dos expoentes máximos da cultura do Sabugal e um dos maiores a nível nacional.
Morada: Centro Dr. José Diamantino dos Santos (Biblioteca Municipal do Sabugal), Rua Luís de Camões, 16, Sabugal.»
in site da Câmara Municipal do Sabugal

Câmara do Sabugal atribui Medalha de Ouro a Pinharanda Gomes
A Medalha de Ouro do Município do Sabugal foi atribuída a Pinharanda Gomes no «Dia do Concelho», que se celebra a 10 de Novembro, em louvor ao dia em que D. Dinis concedeu foral ao Sabugal, no ano de 1296.
Transcrevemos, na íntegra, o texto com a proposta da vereadora Sandra Fortuna, que colheu a aprovação unânime do executivo municipal:
«A Câmara Municipal, inaugurou no passado dia 9 de Junho o Centro de Estudos Jesué Pinharanda Gomes, constituído pelos livros e documentos da sua biblioteca pessoal que doou ao Município. As diversas intervenções na cerimónia que antecedeu a inauguração, enalteceram o valor da obra e o mérito de um homem de especial sabedoria que nunca esqueceu as suas origens.
Jesué Pinharanda Gomes nasceu a 16 de Julho de 1939, em Quadrazais, concelho do Sabugal.
Estudou na Guarda, cidade onde iniciou a actividade literária. Em 1959 viajou para Lisboa, onde se fixou. Trabalhou numa empresa do ramo comercial durante 42 anos, ao mesmo tempo que manteve uma intensa actividade enquanto investigador independente e escritor, integrando-se no grupo da chamada Filosofia Portuguesa.
A sua permanente actividade no campo literário levou-o a colaborar assiduamente como inúmeros jornais de referência nacional, assim como em revistas culturais e temáticas, e ainda em publicações de índole regional. Escreveu e editou centenas de livros, sobretudo focados nas áreas da Filosofia e História da Filosofia, Religião e História Eclesial, Política e História Política e Social, Geografia, Etnografia, Linguística, Literatura e Biografia.
Colaborou assiduamente em diversas enciclopédias e dicionários, nomeadamente na Verbo, Logos, Enciclopédia de Fátima e Dicionário de História Religiosa de Portugal.
Notabilizou-se ainda como palestrante, tendo já proferido cerca de 250 intervenções em conferências, colóquios e congressos nacionais e internacionais.
Pinharanda Gomes foi membro do concelho de redacção das revistas Carmelo e Laikos, tendo ainda coordenado edições especiais da revista Democracia e Liberdade.
É sócio fundador do Instituto de Filosofia Luso-Brasileira, da Ordem de Ourique e integrou na Universidade Católica os grupos de trabalho Sena Freitas, Franciscanismo, Catolicismo e Liberalismo no século XIX.
É membro eleito da Academia Internacional da Cultura Portuguesa e da Academia Portuguesa da História, entre outras. Integrou a Comissão Histórica da Canonização de Nuno de Santa Maria.
Estamos pois perante o mais ilustre dos sabugalenses, que nunca esqueceu as suas origens, tendo doado ao seu concelho de nascimento os livros da sua biblioteca pessoal e a documentação de escritor, que ficaram reunidos no Centro de Estudos Pinharanda Gomes, que a Câmara Municipal inaugurou no dia 9 de Junho de 2012, com a presença do escritor.
O seu gesto de dádiva ao concelho, aliado ao prestígio da sua obra, fazem de Pinharanda Gomes um cidadão ilustre do concelho do Sabugal, merecedor da atribuição do mais alto galardão conferido pela Câmara Municipal.
Nestes termos, propomos, com base no Regulamento das Distinções Honoríficas, a atribuição a JESUÉ PINHARANDA GOMES, da Medalha de Ouro do Município, honrando um homem aqui nascido e que se distinguiu por benefícios excepcionais em favor do seu concelho.
Propomos que esta proposta seja desde já votada e aprovada pela Câmara Municipal, de forma a ser levada à próxima sessão da Assembleia Municipal.»

Doutoramento Honoris Causa da UBI a Pinharanda Gomes
A Universidade da Beira Interior (UBI) atribuiu esta terça-feira, dia 20 de Março, o grau de Doutor Honoris Causa a Jesué Pinharanda Gomes, ensaísta, pensador, escritor, filósofo e historiador. O mais alto responsável pela Igreja Católica em Portugal, o Cardeal Patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente, foi o padrinho do homenageado, que é natural da freguesia de Quadrazais, no concelho do Sabugal. Jesué Pinharanda Gomes é o 19.º Doutor Honoris Causa pela UBI.
Crónica de Adérito Tavares… [aqui]

Pinharanda Gomes foi «Personalidade do Ano 2019» para o Capeia Arraiana
O Capeia Arraiana escolheu como Personalidade do Ano 2019, a título póstumo, Jesué Pinharanda Gomes. O homenageado nasceu na Raia sabugalense em 16 de Julho de 1939, em Quadrazais, e faleceu em Santo António dos Cavaleiros, Loures, a 27 de Julho de 2019.
Deixou viúva dona Judite da Conceição Santos. Pinharanda Gomes foi um dos maiores escritores, pensadores e filósofos do nosso tempo.
Era membro da Academia Luso-Brasileira de Letras, da Academia Internacional da Cultura Portuguesa, da Academia Portuguesa de História e Doutor Honoris Causa pela UBI-Universidade da Beira Interior da Covilhã.
A 7 de Outubro de 2019 o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, condecorou-o, a título póstumo, com o grau de Comendador da Ordem de Sant’Iago da Espada.
Ler explicação da atribuição da escolha… [aqui]

Pinharanda Gomes é nome de rua na cidade da Guarda
A Câmara Municipal da Guarda atribuiu na segunda-feira, 30 de Agosto de 2021, nomes de personalidades a três ruas da cidade. Os homenageados foram o Comandante Salvador Nascimento, Raúl Saraiva e Jesué Pinharanda Gomes.
A cerimónia de apresentação da nova toponímia teve lugar na sala António de Almeida Santos, no edíficio do município da Guarda.
As intervenções estiveram a cargo de Hélder Sequeira, pela Comissão de Toponímia, que «defendeu a importância de apostar numa boa imagem das cidades, com um perfil arquitetónico mais atraente e a valorização do aspecto estético».
O presidente da autarquia, Carlos Chaves Monteiro, destacou a importância de «salvaguardar o património público e a memória de uma Terra, valorizar a toponímia e o sentido histórico, unidos e focados naquilo que é o nosso património».
No programa seguiu-se o descerrar/substituição da placa na Rua Comandante Salvador Nascimento, junto à Escola Secundária Afonso de Albuquerque, na Rua Raúl Saraiva, junto ao Colégio de Línguas, e finalmente o descerrar da placa da nova Rua Jesué Pinharanda Gomes, junto à CERCIG, no Parque Industrial.
Junto à placa a viúva, D. Judite, numa breve alocução disse «sentir-se muito emocionada por estar a descerrar uma placa com o nome do meu marido» e Norberto Manso leu um pequeno discurso preparado para o momento.

Obra vasta
Pinharanda Gomes brindou-nos com mais de 100 estudos em várias áreas do conhecimento: Filosofia, Teologia, Pensamento Português, Etnografia, Filosofia Hebraico-Portuguesa e História.
«A obra historiográfica de Pinharanda Gomes caracteriza-se pela seriedade intelectual, pelo rigor hermenêutico, pela lúcida compreensão reflexiva de obras, autores e correntes, pela clareza expositiva e qualidade literária, que fazem dela um marco essencial nos estudos contemporâneos da nossa história filosófica.»
Eis uma listagem das suas publicações, desde 1962, ininterruptamente:
– Raul Leal: iniciação no seu conhecimento. (1962).
– Nuno Montemor, testemunhos dos seus Contemporâneos (1964).
– Francisco Costa: poesia, verdade e vida. (1964).
– O cancioneiro de Quadrazais. (1964).
– Exercício da Morte (1964).
– Peregrinação do Absoluto (1965).
– Filologia e filosofia: Domingos Tarrozo, teórico da língua portuguesa. (1965).
– Filologia e Filosofia (1966).
– Filologia e filosofia: temas de filologia e filosofia portuguesas (1966).
– Introdução à História da Filosofia Portuguesa (1967).
– Da Quaresma à festa das flores em Quadrazais. (1967).
– Práticas de Etnografia (1968).
– Pensamento Português. 7 vols. (1969-1993).
– Dicionário de Escritores do Distrito da Guarda (1969).
– Subsídios para a Bibliografia do Distrito da Guarda (1970).
– Liberdade de pensamento e autonomia de Portugal: a controvérsia da filosofia portuguesa. (1971).
– O discurso de Fedro n’«O Banquete» de Platão. (1972).
– O pensamento filosófico de Silvestre de Morais, (1869-1936), (1972).
– Pensamento e movimento: (prolegómenos a uma ascese filosófica) (1974).
– Teodiceia portuguesa contemporânea: estudo e antologia. (1974).
– Cunha Seixas (1975)
– Gnose e liberdade: notas à obra do Visconde de Figaniére. Novelista luso-brasileiro, erudito, filósofo e personalista. (1976).
– Memória de Riba Côa e de Beira Serra I, II e III (1977, 1978, 1979).
– Pensamento português: vol. 4. ( 1979).
– O Carmo em Loures: Camarate: Frielas: Santo António dos Cavaleiros. (1979).
– Piedade eclesial, piedade popular. (1980).
– História da Diocese da Guarda. (1981).
– História da filosofia portuguesa. 2 vols. (1981).
– Jacques Maritain e o pensamento político português. (1982).
– A tensão positivismo – tomismo em Alfredo Pimenta. (1982).
– O povo e a religião no Termo de Loures. (1982).
– Memórias de Riba Coa e da Beira Serra: a imprensa da Guarda (subsídios). (1983).
– Memória Histórica do convento de Nossa Senhora da Esperança de Belmonte. (1983).
– Caminhos portugueses de Teresa de Ávila. (1983).
– A tradução portuguesa do «Curso de Filosofia» do Cardeal Mercier: (Viseu, 1904). (1983).
– Os congressos católicos em Portugal: subsídios para a história da cultura católica portuguesa contemporânea, 1870-1980. (1984).
– Bernardino de Santa Rosa, a Física Simbólica e a «Renascença Portuguesa». (1984).
– João Lourenço Insuelas (1884-1950): patrologista bracarense. (1984).
– O arcebispo de Évora Dom Teotónio de Bragança: escritos pastorais. (1984).
– A renascença portuguesa: Teixeira Rêgo. (1984).
– Camões segundo Leonardo Coimbra. (1984).
– A teologia de Leonardo Coimbra. (1985).
– João de Santo Tomás na filosofia do séc. XVII. (1985).
– Formas de pensamento filosófico em Portugal (1850-1950). (1986).
– D. Manuel de Albuquerque, presbítero egitaniense, Dom Prior de Guimarães e doutrinador do renascimento católico. (1986).
– Dicionário de Filosofia Portuguesa. (1987).
– Joaquim Alves Mateus: orador político e sagrado. (1987).
– Política e acção social cristãs em Portugal (1830-1980).
– A vida de Manuel Mendes da Conceição Santos na Guarda. (1905-1916). (1987).
– A Guarda Ilustrada, Breve Panorama dos Escritores do Distrito da Guarda. (1988).
– O servo de Jesus Alberto Diniz da Fonseca (1884-1962), (1988).
– Hipólito Raposo: seminarista na Guarda (1902-1904). (1988).
– Teses antropológicas e estéticas de Flávio Gonçalves (1929-1987). (1989).
– O Gallaz do Carmelo: heroísmo e santidade. (1989).
– Os Tojais e a Casa do Gaiato: monografia histórica. (1990).
– A grande refrega sobre o patriotismo de D. Frei Bartolomeu dos Mártires. (1990).
– As duas cidades. (1990).
– Leonardo Coimbra na Póvoa de Varzim (1912-1914). Elementos de biografia e de cronologia. (1990).
– A recepção de encíclica Rerum Novarum em Portugal. 1891-1900. (1991).
– História da filosofia portuguesa: a filosofia arábico-portuguesa. (1991).
– Francisco Costa, um escritor integral. (1992).
– Entre filosofia e teologia. (1992).
– Dom Manuel Martins Manso. Bispo do Funchal e da Guarda. (1996).
– D. Manuel Mendes da Conceição Santos: Vice-Reitor do Seminário da Guarda (1905-1916) e Bispo de Portalegre (1916-1920), (1996).
– Caminhos portugueses de Santa Teresinha do Menino Jesus. (1997).
– Confrarias, Misericórdias, Ordens Terceiras, Obras Pias e outras associações de fiéis em Portugal nos séculos XIX e XX. Bibliografia institucional e contributo. (1997).
– S. Teresinha do Menino Jesus na devoção portuguesa. (1998).
– A casa do Gaiato de Lisboa e o Palácio dos Arcebispos em Santo Antão do Tojal . (1998).
– Associações de fiéis em Portugal nos séculos XVIII-XX. Contributo de bibliografia institucional. (1998).
– Padre José Geraldes Freire: em louvor de nossa Senhora. (1998).
– Santo Frei Pedro da Guarda. (1999).
– A cidade nova. Reflexões sobre religião e sociedade. (1999).
– A regra primitiva dos cavaleiros templários. (1999).
– Imagens do Carmelo Lusitano. Estudos sobre história e espiritualidade Carmelitas. (2000).
– Aspectos da filosofia católica em Portugal na segunda metade do século XX. (2000).
– Os últimos dias de franciscanos e clarissas na Guarda. (2000).
– As «confissões» de Santo Agostinho em português. (2000).
– Laudes no 4º centenário da morte de D. Fr. Amador Arrais, O. Carm ou Fr. Amador do Carmo. (2000).
– O pensamento filosófico católico em Portugal na 2.ª metade do século XX. (2000).
– A Educação Feminina na Guarda. Os dois Colégios de Nossa Senhora de Lurdes. (2001).
– Meditações lusíadas. (2001).
– Memórias da Guarda. (2001).
– Livros didácticos portugueses de grego: (sécs. XVIII-XX). (2001).
– As «Confissões» de Santo Agostinho em português. Revisão e actualização. (2001).
– Cultos portugueses do divino Espírito Santo. Contributo bibliográfico. (2001).
– Alfredo Pimenta director do «Districto da Guarda» (1913-1915). ( 2001).
– A Guarda culta: imagens de literatura, música, poesia e religião. (2002).
– Criptónimos e pseudónimos de escritores. Contributo. (2002).
– Caminhos de Lourdes: seguidos de Lourdes em Portugal. (2002).
– Génese e percurso da Cartuxa de Évora. (2002).
– A Livraria da Cartuxa de Laveiras (Oeiras). (2002).
– O episcopado portuense (1536-1550) de D. Fr. Baltazar Limpo. (2002).
– O Escapulário de Nossa Senhora do Carmo: breve iniciação histórico-teológica. (2002).
– Guarda culta. (2003).
– Teses de educação e ensino de Guilherme Braga da Cruz. (2003).
– Amador Arraiz: mestre do espírito. (2004).
– Eva e Ave, ou lembrança da Imaculada Conceição. (2004).
– A Ordem da Cartuxa em Portugal. (2004).
– Os Conimbricenses. (2005)
– uma leitura das profecias atribuídas a São Malaquias. (2005).
– Imagens de literatura e de filosofia. (2006).
– Agostinho da Silva: história e profecia. (2009).
– História da filosofia portuguesa. (2009).
– A filosofia hebraico-portuguesa. (2009).
:: ::
«Cultura em Pessoa» por Capeia Arraiana
Junto-me à homenagem ao meu conterrâneo Josué (que o funcionário do Registo Civil do Sabugal transformou em Jesué), com quem partilhei alguns momentos em Quadrazais, apesar de me levar 4 anos, donde ele saíu após uma tragédia familiar que o levou a não querer lá voltar, e que foi a origem do seu livro Exercícios para a Morte.
Com ele conversei em Lisboa na sua casa no Rego aí por 1965, altura em que me disse que doaria todos os seus livros a Quadrazais se dessem o nome da mãe à biblioteca.
Estive com ele várias vezes em Santo António dos Cavaleiros, onde trocámos impressões sobre os seus livros e os meus, sobretudo sobre Quadrazais, com ele estive no Sabugal na inauguração da sua biblioteca e mais tarde numas palestras sobre a Gíria de Quadrazais e a fala de Valverde. Acompanhei-o na missa de corpo presente em Stº António dos Cavaleiros.
Ofereceu-me a maioria dos seus livros e eu os meus a ele. Com ele assinei um pedido à Junta de Freguesia de Quadrazais para ser dado o nome de José Franco, grande amigo de Quadrazais, a uma rua da aldeia e, em artigo no Capeia Arraiana, propus que dessem o seu nome à Rua Nova, em Quadrazais.
Foi um grande escritor e pensador, que pugnou, juntamente com Leonardo Coimbra e outros pelo reconhecimento da Filosofia Portuguesa. E isto deve-se a um autodidata, que fez a 4.ª classe em Quadrazais e o 5º e 7º anos num colégio do Fundão e na Guarda.
Franklim Braga