O nosso largo da Fonte é uma sala de visitas onde devemos receber com toda a amabilidade quem nos visita. Existem neste momento condições para que isso aconteça? Claro que não!
Será possível viver sem ideias? Penso que não, e principalmente pessoas que têm um lugar de extrema responsabilidade a nível técnico e político. Que ideia foi transformar um dos símbolos da nossa cidade por uma modernidade estéril? Um lugar edénico por um deserto abrasador e silencioso? Os sabugalenses já lhe chamam o «Vale do Silêncio».
Já notou querido(a) leitor(a) que não aceito ver o largo da Fonte conforme está, gostaria de o ver com as suas árvores a darem-lhe sombra, bancos de jardim para quem quisesse descansar um pouco, um quiosque conforme ainda se vê em muitos jardins tanto em Portugal como no estrangeiro, onde se vendem jornais, revistas, livros e outras coisas próprias de quiosque.
Olhando para foto deste artigo vemos uma estátua desse grande escritor e Prémio Nobel da Literatura que foi José Saramago, porque não colocar no Largo da Fonte se for modificado, em posição idêntica, ou outra, a estátua de Jesué Pinharanda Gomes: «O maior historiador do pensamento português de todos os tempos numa perspectiva espiritualista e católica.»
Ao ver aquelas estatuetas desse grande e nobre animal que é o Touro, espalhadas por vários sítios do nosso Concelho, apercebi-me que a nossa época cada vez se está a afastar mais de um futuro de valores e bens espirituais.
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«Passeio pelo Côa», opinião de António Emídio
(Cronista/Opinador no Capeia Arraiana desde Junho de 2008)
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