Parece que o mundo teria sido feito entre abril e maio, os dois meses prediletos da juventude e de todos os que pretendem viver e reviver. É a primavera, tudo renasce, tudo floresce. O calor derrete o gélido convívio que no inverno não se pôde afirmar, à procura de um variado formato social.
O encontro gastronómico foi marcado na data em que anualmente se repete como um ritual, onde um grupo de funcionários, no activo e na reforma, se reencontra para confraternizar e saborear uma ementa especial… a lampreia.
DIA DA MÃE
Mãe
Mãe é colinho
É conforto
É não estar sozinho
É saber que temos um porto
Em lugar seguro
Para atracar
Se a tempestade da vida
Nos põe à deriva
Sem saber navegar
Mãe
É embalo
Que acalma
A nossa alma
É Impulso
Da nave espacial
Dos nossos sonhos
É o lenitivo
Para qualquer dor
Mãe
É a força do amor
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«Gentes e lugares do meu antanho», poesia de Georgina Ferro
(Poetisa no Capeia Arraiana desde Novembro de 2020)
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TENHO SAUDADES MÃE
tenho saudades mãe, de aprender
de ser o teu projeto
de me ensinares a viver
em cada letra do alfabeto
tenho saudades mãe, de crescer
de te fazer perder a paciência
ao querer ser homem sem ainda o ser
mas ter sempre a tua indulgência
Tenho saudades mãe, de divergir
De te fazer zangar
depois da zanga te ver sorrir
e de me continuares a amar
Tenho saudades mãe
Depois de ti nada é igual
Talvez porque também
Ficou a fotocópia sem o original
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«Quiosque da Sorte», poesia de Luís Fernando Lopes
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