Realizou-se no fim de semana de 11 e 12 de março a «EDP Meia Maratona de Lisboa 2023», participaram nas provas mais de 30000 pessoas oriundas de cerca de 100 países.

Lisboa habituou-se a um fim de semana diferente uma vez por ano com a realização da «Meia da Ponte» como é conhecida pelos atletas. De facto para a comunidade da corrida é ocasião única pela beleza do traçado, desde logo pelo privilégio que representa atravessar o tabuleiro da ponte 25 de abril e desfrutar de uma vista única sobre a bela Lisboa.
Já tudo foi escrito sobre esta meia maratona daí eu optar por uma visão resumida do dia do participante.
A prova «arranca» na véspera com o levantamento do dorsal com que vamos correr ocasião para convívio com os amigos visitar os stands das marcas associadas participar nos passatempos e analisar as propostas de equipamentos e claro sem falta picar os colegas sobre a prova do dia seguinte.
No dia da corrida é preciso chegar à praça da portagem seja por meios próprios ou utilizando os que a organização põe à disposição, depois aguardar a hora da partida inserido numa multidão Internacional que aproveita para aquecer, para a prova tirar fotografias divertir-se num convívio salutar.
Dada a partida a mole humana desloca-se a várias velocidades cada um no seu registo, cada um tentando cumprir o objetivo que traçou para a prova. Desculpem repetir-me mas atravessar o tabuleiro da ponte é algo sublime seja porque ainda se vai folgado, seja porque ainda vamos juntos a alegria é esfuziante o momento é inesquecível.
Depois é cumprir o percurso vencer a distância com mais ou menos dificuldade, a cauda do pelotão é um local de camaradagem entreajuda incentivo para todos os que pela fraca preparação ou pela idade ou por outros motivos sentem na pele a dificuldade dos 21 quilómetros mas lá conseguem chegar e festejar na meta com os colegas noutro lugar de excepção como é a zona de Belém com o estuário do Tejo. De um lado e do outro monumentos extraordinários como o Mosteiro dos Jerónimos e a Torre de Belém que são testemunhas de mais uma prova superada.
Infelizmente não o posso afirmar por experiência própria mas pelo que me afiançam a meia maratona de Lisboa tem um traçado dos mais bonitos do mundo.
MEIA DA PONTE
o dia despertou
com uma névoa discreta
Lisboa acordou
vestida de atleta
de cem países diferentes
vieram os participantes
alegres irreverentes
com propósitos consonantes
na partida perfilado
o atleta de pelotão
mais ou menos preparado
confia na sua prestação
para ele o objetivo
é apenas participar
é sempre positivo
se conseguir acabar
com o diploma que comprova
que venceu este desafio
pensa logo na próxima prova
e em mais convívio sadio
tornou-se já vulgar
o vício de correr
é uma maneira de conjugar
o verbo viver.
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«Quiosque da Sorte», poesia de Luís Fernando Lopes
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