Crónica escrita no ano do Senhor de MMXXII por Franklim Costa Braga para memória futura. (parte 16 de 18)

(Continuação.)
CRÓNICA DÉCIMA SEXTA
Recentemente foram criadas outras cinco vias principais, sobre caminhos já existentes: a R. XII, a R. XIII, a R. XIV, a R. XV e a R. XVI.
R.XII – Avenida de Santa Eufêmia. Foi construída em tempos do Presidente da Junta Manuel José Moreira Saloio nos anos 50 do séc. XX. Começa entre o fim da Rua Dr. Francisco Maria Manso (R.I.A) e o início da Rua de Santo António (R.I.B) e termina em frente à casa do Zorro, onde começa à direita a Rua do Marco (R.XII.4), rua que do Marco vai para o Pontão da Bocha. A partir daí é a estrada para o Soito.
Antes da construção da Avenida, a rua existente começava com a casa do João Lhalhão, contígua aos terrenos do Cuco e duma tapada de castanheiros, e terminava no fim do arraial de Santa Eufêmia, onde começava a Rua das Eirinhas, hoje englobada na Avenida.
Para a sua construção foi necessário passar por terrenos do João Mocho até à Rua da Casa Queimada e depois por terrenos do Cuco e do Chão do Senhor, até à casa do João Lhahão. Daí até ao arraial já havia um caminho com casas pelo lado esquerdo, tendo o quintal do ti Jaquim Sapateiro pelo lado direito. Depois o caminho foi alargado pelo lado direito e foi ladeado por novas casas pela direita e duas casas pela esquerda-a da Bajé do Lise e a do Quim Tanásio.
Subindo-a pela esquerda encontramos:
1 – número dado provavelmente ao portão da casa do Tó Bicho.
3 – casa da ti Bajé do Jaquino.
5 – casa do Zé Manel Pingão.
7 – número das casas recuadas da Fátima e do irmão Zé Manel Cuco, em terreno onde vivia o pai e donde partia uma vereda que ia dar à Rua da Casa Queimada em frente à casa do pai Cotilhas.
9 – casa da Bajé do ti Liseu Januário.
11 – casa do Quim (A)Tanásio.
13 – casa que fora do ti João Lhalhão, comprada pelo Quim Tanásio.
15 – casa que fora da ti Bajé do Mário, hoje do Batino, que incorporou nela um palheiro ao lado.
17 – casa que fora do Fornico.
19 – segue-se um recanto onde vivia o Salvador e outros, hoje com apenas os números 21, 23 e 25.
21 – casa caída.
23 – casa pequena que parece habitada.
25 – grande vivenda do João, filho do Tó Ché e neto do Salvador, recuada, a fechar o recanto.
27 – casa que fora do ti Zé António Escudeiro, que emigrou para Angola, onde vivera a Glória do ti Manel Barreiro e depois o ti Zé Birrão, seus familiares, hoje dum Mendes.
29 – casa dos falecidos ti Manel Fracisco Sapateiro/(O)Límpia Corceira, hoje dos filhos.
– Seguem-se uns quintais, um dos quais da ti Vérita.
35 – casa do Laurent, dono do café Santa Eufêmia.
37 – casa que faz esquina com a Rua de São Gens, pertença da Bajé do Gero, casada com o falecido Artur Marelo.
39 – casa do Quim Amaro.
– Seguem-se uns terrenos.
43 – casa do Octávio Herculano (Távio Riclano) e da Natália.
– Segue-se um terreno da Leopoldina, outra filha do ti João de Paulo.
49 – casa do Adérito Lhalhão, casado com a Isabelinha, outra filha do ti João de Paulo. Estas duas casas foram construídas num terreno de castanheiros nas Eirinhas, que era do ti João de Paulo.
– Seguem-se terrenos do ti Manel da Cruz e do ti João Baldo.
55 – casa do Zé Manhonho.
– Segue-se um terreno da ti Dulce Finota.
59 – casa do Zorro no início de um extenso terreno de castanheiros que fora do Sr. Zezinho e que ladeia a estrada do Soito.
Na estrada que segue para o Soito, à esquerda não há mais casas, salvo a capela de São Jães, já na partilha do Marco do Soito.
Pela direita tem a seguinte numeração:
2 – casa que fora da Manuela, que a vendeu ao Manel Mocho, agora duma filha deste casada com o Tó Cruz, que a remodelou e englobou nela a casa do ti Birrão.
4 – casa do padre implantada no chão do Senhor, hoje fechada, seguida da casinha da electricidade e do quintal do falecido ti Jaquim Sapateiro.
6 – casa da ti Alice, mãe da Silvina, em terreno que fora do sogro ti Jaquim Sapateiro.
8 – casa do Vítor Cruchino (ou Cruchinho), filho da muda do ti Zé Manel Mocho.
10 – casa da falecida Deolinda do Fornico, agora duma filha, casada com um francês, no início da Rua das Escolas. Segue-se o arraial de Santa Eufêmia, com placa da Avenida ao lado do portão, até encontrar a casinha do fogo, hoje casas de banho, com nova placa pintada.

À esquerda vê-se o muro que ladeia a Avenida
12 – casa do falecido Menalzé Chibo, hoje das três filhas.
14 – casa da Chão Sona/Zé Simão de Malcata.
16 – casa da Céu, filha do Fatoco, no lugar onde outrora havia uma extensa seara.
18 – À direita segue um caminho que vai dar a uma casa a cerca de cinquenta metros, onde vivia a viúva do Zé Manel Bedo, com o n.º 18 da Avenida. Quem sobe para o Marco encontrará à direita algumas casas na que fora uma tapada de castanheiros.
20 – casa da Lurdes Sona.
22 –
24 –
26 – casa que fora do Sr. Zé carteiro de Aldeia da Ponte, hoje da Alice Charavilha.
28 – casa do Néi do ti Liseu Januário.
30 – casa que foi do Elísio Baldinho, hoje da Catarina do Sabugal.
32 – casa da Carreirinha.
34 – terreno dos Pancadas.
Segue-se a estrada para o Soito, na qual fica a casa do Tonho Manel Ruvino em terrenos que foram do tio Funil e do ti Mas…Mas e agora também do dos meus pais, com dois poços, que eu lhe vendi. Tem uma grande quinta que abrange a antiga propriedade do Sr. Nacleto que aí tinha uma casa, cuja entrada era pelo caminho que do Pontão da Bocha seguia para o Escaravelho.
A uns duzentos metros mais à frente, existe uma casa do Andrelo do Soito, casado com a quadrazenha Xô Xô, filha da Flávia, e daí uns outros duzentos metros a Quinta da Galeana, que fora do Sr. Nacleto, do filho Dr. Filinto, depois do Januário e hoje pertença de soitenhos.
Continua a estrada para o Soito, feita em 1974/75 com alargamento do caminho existente, quando era presidente da Junta meu tio Quim Braga.
R.XII.1 – Rua de São Gens (São Jães, São Ginez ou São Genésio). Sobe até ao Cabecinho. Dá acesso ao Soito Concelho de Cima e à capela de São Jães. Tem os números:
2 – casa do falecido sub-chefe da polícia Matias Sono, agora dum de fora.
4 – casa dum do ti Zé Vinhas, agora duma filha do Tonho Manel Ruvino.
6 – casa da Bajé Sona/Augusto.
Pela esquerda tem os números:
1 – casa e quintal do Simão Nano.
3 – casa da Glória do ti Manel Barreiro.

R.XII.2 – Rua das Escolas. Tem início à direita da Avenida, frente ao portão do arraial e vai até à Rua do Reboleiro (R.C.2), tendo à esquerda de quem a desce a Travessa das Escolas (R.XII.2.2), beco que termina onde fora a casa e quintal com poço e nora do ti Quim Chorão. Pela esquerda apenas tem uma casa de um de fora com o n.º 3.
À direita ficam quintais e a casa do falecido Dionísio com o n.º 8, a que se segue o quintal abandonado da casa do falecido João Chanas no fim da Rua da Fábrica (R.C.1.1).
R.XII.2.2 – Travessa da Rua das Escolas. Sem saída e com numeração confusa. Tem pela esquerda a escola, desactivada por falta de alunos, seguindo-se a casa da Bernardete com o n.º 2 e a casa da Hortense do Chorão com o n.º 4. Pela direita a casa da Albertina Bola, com o n.º 3 e outra do Zé Vinagre com o n.º 5. Estas casas da direita é que deveriam ter os números pares. Assim, parece que a rua começa no fim do beco.
R.XII.4 – Rua do Marco. Começa em frente à casa do Zorro e vai até ao Pontão da Bocha. Tem à esquerda terrenos e, mais à frente, com o n.º 7, a casa do Raúl da ti Vérita.
À direita tem uma casita do Zé Russo, um pavilhão do Zé Manel Pingão e a casa dum Marocho.
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«Lembrando o que é nosso», por Franklim Costa Braga
(Cronista/Opinador no Capeia Arraiana desde Maio de 2014)
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