Rousseau, vamos tratá-lo assim, nasceu em Genève em 1712, de família humilde. Abandonou a terra onde nasceu, e levou uma vida errante até à sua morte. Pobre e inteligente, foi pária dos ricos e filósofo do seu tempo tendo defendido que «o Homem é bom por natureza e que é a sociedade que o perverte».
Jean-Jacques Rousseau andava de um lado para o outro, dependia da hospitalidade e apoio dos seus protectores e também protectoras. Este precário viver de um lado para o outro, e pobre, não impediu que se convertesse numa das referências fundamentais do pensamento universal.
Um dia foi castigado pela justiça, por uma coisa banal, mas considerou o castigo injusto e arbitrário. O episódio transformou Rousseau num amante da justiça e preparou-o para fazer frente ao futuro. As linhas mestras do seu pensamento estão contidas no seu discurso sobre as artes e as ciências, e também sobre a origem da desigualdade entre os homens.
Rousseau não aceita o dogma do pecado original e a tese de Hobbes de que o homem é um lobo para o outro homem. Diz Rousseau que o Homem é bom por natureza e que é a sociedade que o perverte afastando-o do seu Estado Natural e fazendo uma ordem artificial baseada no egoísmo material, na desigualdade, na opressão do débil pelo forte, na concorrência e na rivalidade. Segundo ele, isto é um processo involutivo que só pode ser corrigido através da educação e também de uma organização sociopolítica adequada, ele expõe isto nas sua obra «O Contrato Social». Também no livro «Emílio e a Educação» diz-nos logo no princípio que «tudo degenera nas mãos do Homem». Esta última obra foi confiscada, e queimada publicamente. Rousseau morreu em 1778.
Para terminar, quero desejar um Bom Natal ao Zé Carlos Lages, director deste blogue, a todos os que escrevem no Capeia Arraiana e aos seus leitores.
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«Passeio pelo Côa», opinião de António Emídio
(Cronista/Opinador no Capeia Arraiana desde Junho de 2008)
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