Os anos 60 do século passado foram tempos de contestações estudantis e dos jovens na Europa e na América. Nada ficou igual depois de Maio de 68 em França e de Agosto de 69 com o Festival de Woodstock. A Portugal iam chegando, «ilegalmente», os ventos dessa renovação de valores e defesa dos direitos civis. E é neste ambiente que os seminários portugueses presenciaram a luta interna dos seus alunos pela renovação de uma Igreja envelhecida, proposta pelo Concílio Vaticano II. Pretendiam uma instituição arejada, progressiva, que fosse ao encontro dos problemas da sociedade atual, desligada do poder tutelar do Estado. Contestavam, ainda, a Guerra Colonial, que devastava a juventude e o próprio país. O Seminário Maior da Guarda foi um dos palcos destas lutas descritas agora em livro pela pena de Joaquim Tenreira Martins.
