Quando regressar à minha aldeia, já não encontrarei as árvores e as pessoas da minha infância. Ao percorrer, à noite, as ruas e as ruelas, ainda ouvirei os murmúrios que permaneceram inalteráveis nas casas, agora vazias, mas ainda habitadas pelas sombras, pelos rostos, gestos e cheiros dos seus proprietários que repousam agora num mundo etéreo de onde continuam a observá-las.
António Lourenço Marques, natural do Souto da Casa (Fundão), acaba de publicar o seu terceiro livro de poemas, com o título «COmo afRONta à VIda e bRUmaS». Se juntarmos as palavras em letra maiúscula lemos «CORONAVIRUS», a grande temática deste livro.