• O Primeiro…
  • A Cidade e as Terras
  • Cronistas
  • Documentários
  • Ficção
  • História
  • Acontecimento Ano
  • Personalidade Ano
  • Ficha Técnica

Menu
  • O Primeiro…
  • A Cidade e as Terras
  • Cronistas
  • Documentários
  • Ficção
  • História
  • Acontecimento Ano
  • Personalidade Ano
  • Ficha Técnica
Página Principal  /  A Minha Aldeia • Casteleiro • Opinião • Tradições  /  Casteleiro – Cabinda e o «Gato Esteves»
27 Junho 2022

Casteleiro – Cabinda e o «Gato Esteves»

Por José Carlos Mendes
A Minha Aldeia, Casteleiro, Opinião, Tradições josé carlos mendes Deixar Comentário

Esta foi uma semana triste para mim. Mas aprendi que tristezas não pagam dívidas. Permitam por isso que regresse a Cabinda (72/74), mas desta vez pelos melhores motivos: vou hoje aqui recordar um camarada de armas da minha idade que bebia whisky na minha varanda mais do que eu bebia água…

Tropas em parada em Angola durante a guerra colonial
Tropas em parada em Angola durante a guerra colonial

O «Gato Esteves»

A história é muito bonita, das coisas mais encantadoras da minha tropa: a amizade profunda e sã entre camaradas de armas com quem me identificava a 300%.

Um deles, o Caldeira, também alferes miliciano, era solteiro, como a maioria.

Como não gostava muito do ambiente da tasca da terra onde estávamos (Buco Zau, Cabinda – recordo ao leitor…), refugiava-se na minha casa, a última da vila, todas as tardes em que não íamos para a mata.
Conversava-se, comia-se, ríamos como perdidos, gozávamos com a tropa que nem malucos: era ela, a tropa, que nos cortava as pernas da nossa juventude ali perdida no meio da Mata do Maiombe, porra! Mas isso parecia que nem nos afectava naquelas nossas conferências a que de vez em quando se juntava mais um ou dois dos gajos porreiros que por ali andavam também…

Mas o Caldeira, isso era outra loiça.

Licenciado em Letras, era professor de História em Sintra e às tantas, ala que se faz tarde: rumo a Mafra também e depois penso que Beja antes da mobilização para aquela floresta virgem lindíssima e cheia de tropa do MPLA pronta a lixar o pessoal…

Cat Stevens, sempre!

Já com muito álcool no sangue, e com a voz arrastada que o dominava quando assim se encontrava, o Caldeira, sentado no chão ou mesmo quase deitado, arrastava a voz e dizia assim:

– Eh pá. Vai lá meter aquele gajo para a gente ouvir, pá.

E eu, feito difícil:

– Meter quem, pá?
– Mete lá aquele que é da nossa idade, o Gato Esteves, pá, para a malta estar aqui na boa…
   
Divirta-se como nós nos divertíamos e oiça Cat Stevens aqui neste magnífico álbum que nós tantas vezes ouvíamos lá, na nossa varanda… sempre com todo o prazer do mundo… [Aqui]

Obrigado por me ler! Até para a semana, à mesma hora, no mesmo local.

:: ::
«A Minha Aldeia», crónica de José Carlos Mendes
(Cronista/Opinador no Capeia Arraiana desde Janeiro de 2011.)

:: ::

Partilhar:

  • WhatsApp
  • Tweet
  • Email
  • Print
José Carlos Mendes

Origens: Casteleiro :: :: Crónicas no Capeia Arraiana: A Minha Aldeia :: :: Postal TV :: :: 1971-74 – Os Anos da Tropa :: :: Primeira Página :: ::

 Artigo Anterior Gentes de Vale de Espinho
Artigo Seguinte   A grande substituição

Artigos relacionados

  • Casteleiro – a saga do volfrâmio (5)

    Segunda-feira, 8 Agosto, 2022
  • Primeira Página (06.08.2022)

    Sábado, 6 Agosto, 2022
  • Postal TV (439)

    Quinta-feira, 4 Agosto, 2022

Leave a Reply Cancel reply

Social Media

  • Conectar-se no Facebook
  • Conectar-se no Twitter

RSS

  • RSS - Posts
  • RSS - Comments
© Copyright 2022. Powered to capeiaarraiana.pt by BloomPixel.
 

Loading Comments...