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Página Principal  /  Angola • Covilhã • No trilho das minhas memórias • Opinião/Crónica  /  A tempestade
10 Junho 2022

A tempestade

Por António José Alçada
Angola, Covilhã, No trilho das minhas memórias, Opinião/Crónica antónio josé alçada, william shakespeare Deixar Comentário

Desta vez fui buscar, julgo, a última obra escrita por William Shakespeare, que nos recomenda a perdoar por muito mal que alguém (pode ser no plural) nos faça.

Personagens da peça «A Tempestade» de William Shakespeare
Personagens da peça «A Tempestade» de William Shakespeare

No caso em apreço, ex-Duque de Milão, de nome Próspero, está exilado numa ilha. Porém ele tem poderes mágicos e consegue atrair para a ilha remota onde está em cativeiro, através de uma Tempestade os irmãos e sobrinhos, sendo um deles o irmão António, ambicioso que lhe usurpou o trono, tendo, no entanto, a nau naufragada dada a força da Tempestade.

Na trama há um romance, planeado por Próspero, do sobrinho Ferdinand, filho de Alonso que se perdeu na fase da embarcação se afundar, a apaixonar-se por sua filha e legitima herdeira Miranda. De facto, dada à magia que envolve a peça, todo o poder de Próspero vai conseguindo os seus intentos, como este enlace.

Aos náufragos, António e Alonso, é organizado um banquete, mas por magia. Prospero aparecia e desaparecia, criando uma profunda confusão nos convidados, não deixando de dizer que a sua vingança seria implacável pelo mal que lhe tinham feito. Para além de assustados acabem mesmo por ser aprisionados.

A felicidade de ver sua filha casar com Ferdinand, acaba por comover Próspero, trazendo-lhe arrependimento por esta vingança.

Decide então revelar a sua verdadeiramente a sua identidade a todos, libertando os irmãos após estes mostrarem arrependimento pelo que fizeram e alegraram-se por descobrirem que Ferdinand afinal estava vivo e comprometido.

Curiosamente a peça termina com o público a aplaudir para dar força ao barco (magicamente reconstruído) para avançar pelos mares até Milão.

Achei interessante abordar este tema porque o tempo de duração da peça é na verdade curto, mas contem uma mensagem surpreendente e que ainda hoje, no Século XXI, muita gente ainda não aprendeu: o saber perdoar! Há estudiosos que defendem que o personagem Próspero é muito provavelmente é o próprio autor e que esta foi a última obra escrita por Shakespeare.

Reconheço que a imaginação do autor levou-o a uma magia, talvez pouco convincente no contexto actual, mas reforço que a mensagem da peça, na minha opinião, é algo de extraordinário tendo em conta o pensamento do seculo XVII.

«We are such stuff as dreams are made on», ou seja, «Somos da mesma substância que os sonhos».

Teatro «O Globo», 8 de Junho de 2022

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«No trilho das minhas memórias», crónica de António José Alçada
(Cronista/Opinador no Capeia Arraiana desde Março de 2018.)

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