As crises de que tanto se fala não passam de problemas morais e jogadas menos limpas de directivos bancários. Berardo, não quer 900 milhões de euros a que diz ter direito por causa de uns negócios com bancos? Quando este tipo de gente pode saquear bens públicos e privados, é o fim do Estado de Direito. Podemos então dizer que o Liberalismo alcançou o mais perigoso dos estados civilizacionais, a destruição dos valores do Homem e da Sociedade.
Que fazer para combater estes crimes das grandes empresas? A primeira coisa a fazer é conseguir sociedades mais justas, se isso não acontecer a Democracia corre imenso perigo.
Sabemos através da comunicação social que a GALP teve lucros de 600 por cento no primeiro trimestre deste ano! Mas presentemente em Portugal as classes populares e médias sofrem imenso para poderem sobreviver, falta dinheiro para comprar bens essenciais, quem criticam quando isso acontece? Os políticos! Com uma certa razão, mas os políticos vencedores de eleições são os que menos mandam, o Poder está nas mãos dos ricos e poderosos, parece um absurdo? Mas é uma realidade que só não vê quem não quer ver!!!! O Poder está nas mãos de uma classe poderosa e rica, uma Oligarquia. E desta maneira, passados tantos anos em Portugal, desde 1820, o Liberalismo é o vencedor, não a Democracia com as suas eleições livres, que me interessa gritar que sou livre, se a minha vida está nas mãos de Homens Poderosos e Ricos? Senhores à Força, Mandadores sem Lei?
Existe então no meu país uma injustiça social, mas também um desrespeito à Democracia. O totalitarismo surge quando desaparecem as fronteiras entre o que é público e privado. Adoro a Democracia e a Liberdade, sei que estas palavras numa Ditadura me levavam à cadeia, mas custa-me ver esta mesma Democracia ser destruída por meia dúzia de Oligarcas desrespeitadores de todas as leis. Dá para rir? Quem pensava numa Guerra na Europa em pleno século XXI?
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«Passeio pelo Côa», opinião de António Emídio
(Cronista/Opinador no Capeia Arraiana desde Junho de 2008)
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