O Capeia Arraiana vai publicar, em três crónicas, a relação de padres da paróquia da freguesia do Casteleiro, concelho de Sabugal, e algumas curiosidades, desde 1646 à atualidade. (Parte 1 de 3.)


Relação dos padres do Casteleiro entre 1646 e 1750
1646 – padre João José Sequeira – é referido por Daniel Machado em «Casteleiro – Memórias e costumes dum povo» (2008), p. 232. Os registos deste ano encontram-se bastante danificados. Não foi possível identificar.

No primeiro assento do «Título para os Defuntos» assinou João da Fonseca Pinto (Livro dos Registos Mistos):
«Ao primeiro dia de Dezembro de mil seiscentos e quarenta e seis anos faleceu de vida presente António Pires do Olival, o qual está sepultado dentro do adro desta Igreja, não fez testamento e por verdade fiz este assento hoje 11 de Dezembro de 1646 anos. Padre João da Fonseca Pinto.»

1647 – A partir de Junho e até Janeiro de 1648 – padre Hieronymo.
Faleceu aos 9 de Fevereiro de 1663, assento de óbito lavrado pelo padre Manuel da Fonseca Pinto, que foi seu testamenteiro (Livros de Registos Mistos).
1652 a 1665 – Manuel da Fonseca Pinto. Faleceu em 15 de Outubro de 1671. O assento de óbito foi assinado pelo padre João Pinto da Fonseca.
1654 – Em Dezembro Bernardo Nunes Peixoto de licença do padre Manuel da Fonseca Pinto, esta situação repetiu-se em Janeiro de 1665.
1665 a 1670 – padre João Pinto da Fonseca.
1666 – Batizou o padre Manuel Pinto da Fonseca «deste lugar», ou seja, seria natural do Casteleiro.
1672 – Novamente Bernardo Nunes Peixoto de licença do padre João Pinto da Fonseca. Em Setembro batizou o padre da Moita, Antão Ferreira, de licença.
1678 – 19 de Março – padre João Pinto da Fonseca.
1680 – O padre «Licenciado» João Pinto da Fonseca escreveu diversas vezes, «pároco deste lugar», portanto era natural do Casteleiro e batizou com licença de Bernardo Nunes Peixoto, ou seja, este era o pároco da freguesia.
1687 – A partir de 20 de Março o padre João de Oliveira Pinto.
1688 – A partir de 4 de Março – padre Cura Bernardo Nunes Peixoto, que continuou até 1695.
1691 – Em 10 de Novembro foi a vez do padre João Pinto da Fonseca batizar com «licença».
1695 – Em 14 de Agosto era cura Marcos Gonçalves. Num batismo de 2 de Outubro refere que é natural de Penamacor. No dia 10 de Outubro, noutro registo de batismo, escreveu que o reverendo João Pinto da Fonseca «é deste lugar do Casteleiro».
1697 – Em 6 de Junho – cura João Pinto da Fonseca.
1709 a 1713 – padre Manuel Martins de Carvalho.
1710 – Em 10 de Novembro batizou o padre António Luís Ribeiro «de licença».
1712 – Em 5 de Maio, o padre Manuel Mendes batizou em ausência do padre Manuel Martins de Carvalho, algumas vezes assinaram ambos.
1713 – Aos 6 de Junho iniciou o cura António Luís Ribeiro, tendo permanecido até 1740.
1714 – Em 15 de Outubro, o padre Manuel Mendes, realizou baptismo na ausência de António Luís Ribeiro e à frente do seu nome escreveu «deste lugar do Casteleiro», portanto, também este era daí natural.
1715 e 1716 – O padre Manuel Mendes realizou diversos batismos de licença do padre António Luís Ribeiro. Tal voltou a acontecer em 1719 e 1721.
1721 – Na ausência de António Luís Ribeiro foi encomendado Manuel Martins Carvalho, pároco da freguesia de Sortelha. Ainda em Janeiro o padre Manuel Mendes. Em 2 de Agosto foi a vez do padre Manuel Gregório batizar na ausência de António Luís Ribeiro.
1733 – Em Janeiro o padre António Luís Ribeiro ao batizar escreveu diversas vezes: «lhe pus os Santos Óleos e fiz os mais exorcismos…»
1738 – Em 14 de Novembro – Batismo pelo padre Manuel Martins de Faria, assistente e recebendo comissão do padre António Luís Ribeiro.
1741 – Em 28 de Novembro o reverendo António de Proença, «de licença».
Em 12 de Dezembro o padre Manuel Lourenço Nabais.
1742 a 1746 – reverendo António de Proença.

1746 – Em 21 de Agosto – cura António Marques Verdozo.
1750 – cura António de Proença. Ainda neste ano, alguns registos foram da responsabilidade do padre António Marques Verdozo.

Padres naturais do Casteleiro
– João Pinto da Fonseca esteve nesta paróquia entre 1678 e 1680.
– Manuel da Fonseca Pinto, nesta paróquia entre 1652 a 1665.
– Bernardo Nunes Peixoto em 1698 batizou na Moita e escreveu: «do lugar do Casteleiro».
– Francisco Gomes que foi Pároco de Malcata na década de 1690. Num registo de Batismo, de 1695, escreveu que era «natural do Casteleiro».
– Manuel Mendes presidiu a diversas cerimónias religiosas entre 1712 e 1721.
(Continua.)
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«Memórias de Sortelha», por António Augusto Gonçalves
(Cronista/Opinador no Capeia Arraiana desde Janeiro de 2019.)
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